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Após ter inaugurado sua primeira usina solar, em Ribeiro Gonçalves (PI), a Echoenergia mantém a aposta e esse mês deve inaugurar na Bahia mais uma usina dessa fonte, deixando a sua carteira este ano com 1,8 GW de capacidade instalada renovável. De acordo com o diretor de operações, Leonardo Machado, o empreendimento representa não só a diversificação do portfólio da geradora, mas também uma redução na exposição da carteira, já que o recurso solar supre o eólico.

“O recurso solar garante a produção durante o dia e o eólico tem a geração melhor durante a noite, então é essa diversificação. [A usina] Traz uma série de benefícios para o nosso portfólio e com certeza conseguimos oferecer produtos, seja de fonte solar ou eólica dentro da comercializadora”, explica.

Definindo a Echoenergia como uma empresa que atua não só na geração, mas também na comercialização e em soluções, Machado conta que essa estrutura completa traz segurança para os clientes na hora da negociação. Segundo ele, o foco no mercado livre continuará no segundo semestre. “Entendemos que é um mercado bastante competitivo, que vai exigir muita preparação de todos que estão atuando”, avisa.

Usina solar da Echoenergia, no Piauí: estréia na fonte (Foto: Divulgação)

Recentemente, a Echoenergia fechou contrato de fornecimento de energia no ACL com a Fundação Instituto Oswaldo Cruz. Dez unidades nos estados do Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, Amazonas e Minas Gerais além do Distrito Federal irão receber energia renovável. Segundo a Fiocruz, é a primeira migração para o mercado livre de um órgão público federal com um grande porte de consumo.

A migração faz parte de estratégia de redução de custos e alinhamento aos compromissos institucionais com a sociedade e o meio ambiente, além de alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 e do plano de logística sustentável do Governo Federal. O contrato também inclui a emissão de I-RECs para garantir a rastreabilidade renovável de todo o volume de energia da Fiocruz.

Para o diretor da Echoenergia, o momento é de grande competição no mercado, que ele considera positivo por permitir ao consumidor mais oportunidades. “Traz o desafio de conseguir bons negócios com os preços de energia”, pontua. Ele acredita que o mercado livre deve ser desmistificado, de maneira que mesmo o consumidor cativo entenda o custo do fio e que a ele pode ser ofertada uma energia mais barata.

“Existe um vácuo de informação que o cliente não consegue ter essa percepção”, comenta. Para o elegível ao ambiente livre, a busca é por descobrir em conjunto a melhor opção de migração com segurança.

Com mais de 1 GW na fonte eólica já instalados, a Echoenergia vê a solar fotovoltaica em um melhor momento para viabilização de empreendimentos. O investimento hoje em solar é menor que na eólica, o que tem dado vantagem a solar. A queda nos preços dos painéis veio em momento de subida no valor dos aerogeradores. “Para o investidor, hoje a solar está mais atrativa para fazer investimento”, avalia Machado.

Para ele, a volta da competição entre fabricantes de aerogeradores no Brasil é uma das saídas para que as eólicas voltem a ficar mais competitivas. Nos últimos anos, fornecedores entraram em hibernação ou saíram do país. O alento para o mercado pode vir com a chegada ao país de fabricantes chineses, que podem estabelecer a competitividade perdida às usinas abastecidas por vento.

“A partir do momento que esses novos players se estabelecerem aqui no mercado e trouxerem mais competitividade, creio que a eólica vai voltar a ser mais atrativa e vai voltar a ser um negócio que vai ser buscado com mais olhos pelos investidores”, observa.

Destacando o ímpeto da empresa pela inovação e melhoria da gestão dos ativos, Machado considera o centro de operações da Echoenergia, em São Paulo (SP), é considerado por Machado como um diferencial na confiabilidade das usinas. “Traz para o mercado como um todo um grande diferencial no nosso lado como geradora, é algo que nos orgulha bastante”, frisa. Ele também cita a melhora na performance dos ativos após a primarização da manutenção dos aerogeradores como outro ponto de destaque.