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Em coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira, 11 de julho, a Analista Global de Eletricidade da Ember Kostantsa Rangelova colocou o Brasil como líder no G20 em energia renovável. De acordo com ela, o país é o que tem a taxa mais alta de renovabilidade na matriz dos integrantes do grupo, interrompendo o crescimento de emissões.

A especialista conta que em 2023, as emissões já estavam 30% abaixo do pico que ocorreu em 2014. Segundo ela, as emissões são baixas devido a mistura de fontes na base, superior à média global, que era de 30% em 2023. “Brasil pode liderar o G20 para tornar realidade a meta do crescimento do uso de renováveis”, avisa.

O êxito verde e amarelo vem em função de uma forte base hídrica, que permitiu que houvesse a forte inserção das fontes solar e eólicas. O estudo da Ember mostra ainda que 2024 é o primeiro ano em que as emissões começam a cair de fato. Países do G20 como França e Alemanha vem conseguindo reduzir suas emissões enquanto as nações emergentes ainda têm aumento.

Há o compromisso firmado de triplicar o uso de renováveis até 2030. Mas ao mesmo tempo que há um empenho dos países em buscar essas metas, o G20 é responsável por 80% das emissões globais do setor energético e devem liderar a mudança.

Por ter um tempo de construção de plantas mais rápido que os demais, a fonte solar aparece como opção para os países emergentes. O crescimento da solar do Brasil aumentou em 72% de 30 TWh em 2022 para 52 TWh em 2023, fornecendo 7,3% da eletricidade do Brasil no ano passado. Os últimos dados mensais mostram um forte crescimento contínuo este ano, com a produção solar de janeiro a maio de 2024 sendo 68% maior do que nos mesmos meses de 2023.

Amanda Ohara, Especialista em Energia do Instituto Brasileiro de Clima e Sociedade e que também participou da coletiva, revelou que a forma de financiar a transição em dominado as negociações do G20. De acordo com ela, também há um conflito no posicionamento energético do Brasil, porque ora se apresenta como farol na temática da transição energética, ora não hesita em desbravar novas reservas de petróleo. “O governo brasileiro tem boas políticas de energia renovável, mas precisa perceber que seus planos de combustíveis fósseis não são mais compatíveis”, aponta.

Segundo o diretor de Pesquisa do Grantham Institute e Professor no Centro de Política Ambiental do Imperial College London, Piers Forster, as emissões chegaram no pico e a tendência é que comecem a reduzir anualmente. Mas apesar desse bom indicador, os outros não têm o mesmo desempenho.