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A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a Associação da Indústria Fotovoltaica da China (CPIA), a ApexBrasil, o Governo Federal do Brasil e o Governo da China, realizaram no dia 11 de julho, um encontro onde oficializaram um acordo de cooperação para fortalecer os negócios nas áreas de energia solar, armazenamento e hidrogênio verde entre os países.

O CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, lembrou que o ano de 2023 foi mais um ano recorde para o setor solar fotovoltaico no mundo adicionando os mais de 440 GW de potência nova, um crescimento de 87% em relação ao ano anterior. “E nesse sentido a China se destacou como principal mercado fotovoltaico do mundo adicionando em um único ano por volta de 253 GW, quer dizer representou mais de metade de toda a potência adicionada no mundo em energia solar fotovoltaica”, explicou.

Sauaia afirmou que o encontro é mais um importante passo para aproximar os setores, os mercados e os empreendedores brasileiros e chineses, uma vez que Brasil e China são considerados dois dos principais ecossistemas da fonte solar fotovoltaica do mundo.

O head de investimentos da Apex, Carlos Padilha, destacou com exclusividade à Agência CanalEnergia que eles vão apoiar projetos de investimentos de empresas brasileiras que queiram desenvolver parceria com as empresas da China de forma mais estratégica. “A Apex junto com a Absolar vai atuar com inteligência, com a promoção das oportunidades, a estruturação do portfólio e com a facilitação desses investimentos para o Brasil”, disse.

Segundo o executivo, a política do governo visa ampliar a oferta de energias renováveis no país. “O Brasil é um mercado em crescimento na área de solar fotovoltaica, mas também em armazenamento de energia e hidrogênio verde. Nós detectamos que há um grande potencial de cooperação entre os países para o adensamento das cadeias produtivas para que nós possamos trazer para o Brasil a fabricação de equipamentos para essa indústria. Com isso, nós queremos, junto com a Absolar, identificar onde estão esses gaps na cadeia produtiva”, pontuou.

Ele destacou que o Brasil, nos últimos dez anos, permaneceu entre os dez principais destinos de investimentos. “E nós temos indicadores sociais também que estão evoluindo bastante forte. E, além disso, temos bons indicadores ambientais, a nossa matriz energética é 85% renovável, 60% do território brasileiro é coberto por florestas nativas, 12% da reserva de água doce do mundo está no Brasil e nós somos o primeiro país do mundo em biodiversidade. Nós possuímos abundância de reservas minerais para transição energética. O Brasil tem os minerais críticos e estratégicos para desenvolvimento de projetos de transformação mineral para a indústria fotovoltaica e para o armazenamento da energia”, ressaltou.

E o executivo da Apex também afirmou que o Brasil pretende investir nos próximos anos cerca de US$ 108 bilhões na transição energética.

Já para os representantes do governo chinês que estiveram presentes no evento, o Brasil tem uma força de peso no mercado de solar fotovoltaico. Eles afirmaram que os dois países têm o mesmo objetivo e um futuro promissor e sugeriram um intercambio para a produção do setor, incentivo de centros de desenvolvimento e pesquisas e ampliação do mercado com parâmetros e medidas de regulamentação padronizadas entre eles.

H2V

Por fim, o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, também destacou a importância do mercado de hidrogênio e armazenamento de energia para os dois países. “Temos feito vários estudos e discutimos muito sobre as políticas públicas e incentivos que possam replicar para o armazenamento de energia elétrica. Uma outra área de grande potencial tanto para Brasil quanto para a China em termos de competitividade é que os dois países possuem a maior competitividade do mundo. Segundo analistas de mercado, o Brasil e a China têm a expectativa os dois países possam produzir o hidrogênio mais barato do mundo a partir de fontes renováveis até 2030. A expectativa é atrair por volta de R$ 200 bilhões até 2040 ao nosso país”, explicou.