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O potencial da eólica offshore do Brasil ultrapassa 1,2 TW, sendo 480 GW provenientes de fundações fixas e 748 GW de flutuantes, segundo o último relatório da DNV. O levantamento integra uma série de estudos de roteiro para a tecnologia encomendados pelo Grupo Banco Mundial no âmbito do Programa de Desenvolvimento Eólico Offshore, financiado e liderado pelo Programa de Assistência à Gestão do Setor Energético (ESMAP), em parceria com a Corporação Financeira Internacional (IFC).
Escrito ainda em parceria com a Vieira Rezende Advogados e Magalhães Reis Figueiró Advogados, além da colaboração do Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), as conclusões do estudo enfatizam a necessidade de uma estratégia energética clara de longo prazo, investimentos significativos em infraestrutura e ações imediatas para aproveitar oportunidades.
O futuro é posto em análise sob três cenários de crescimento diferentes: Caso Base, com 16 GW até 2050, representando 3% da capacidade de geração do Brasil; Intermediário, com 32 GW até 2050, e 6% da produção; e Ambicioso, perfazendo 96 GW até 2050 e compreendendo quase 20% da matriz.
Publicação destaca relação da nova tecnologia em proximidade com os centros de grande consumo de energia no país (DNV)
São apontadas sinergias à energia hidrelétrica, reduzindo a variabilidade interanual e proporcionando uma proteção durante os períodos de seca. Também é mencionado o apoio as metas de hidrogênio verde e a criação de até 516 mil empregos, contribuindo com US$ 168 bilhões no cenário Ambicioso. Além disso, poderia agilizar a geração local de eletricidade, reduzindo as perdas de transmissão ao alinhar os recursos com os centros de demanda, incluindo as grandes cidades.
No entanto, a publicação também pondera diversos desafios, incluindo custos iniciais elevados e atribuição estratégica de direitos sobre o uso do leito marinho. Apesar das projeções de reduções significativas de custos a longo prazo, permanecem complexidades de financiamento e aquisição, sem contar os aportes substanciais para atualizações de transmissão e flexibilidade da rede.
As considerações ambientais e sociais complicam ainda mais o desenvolvimento segundo a pesquisa, necessitando de um planeamento meticuloso e de consultas comunitárias. Outro ponto citado é a modernização dos portos regionais, além da infraestrutura logística e da cadeia de abastecimento para apoiar uma maior produção de turbinas.
Por fim, o documento elenca que planejamento estratégico, colaboração e investimentos direcionados podem ajudar a superar os obstáculos e desbloquear todo o potencial da nova tecnologia para a transição energética brasileira. “Nossa pesquisa oferece insights, não diretrizes, delineando os desafios e oportunidades para informar decisões estratégicas”, conclui o Vice-Presidente Executivo e Diretor Regional para a América Latina, Energy Systems da DNV, Santiago Blanco.