Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

O Sistema Interligado Nacional brasileiro necessita de oferta adicional de potência a partir de 2027. Essa é uma das principais conclusões do terceiro caderno do Plano Decenal de Expansão 2034. Segundo o estudo, que trata de Requisitos do Sistema, é verificada a necessidade de oferta adicional de energia a partir de 2028 no sistema interligado. Além disso, a perspectiva é de que esses requisitos de energia e potência são crescentes ao longo dos anos.

A necessidade de oferta adicional para suprir o requisito de potência se inicia em 2027, chegando à ordem de 5.500 MW em 2028. Em novembro de 2034 a perspectiva é de 40 mil MW. Já a necessidade de oferta adicional de energia para atender aos requisitos de energia ocorre a partir do ano de 2028. Ao final do horizonte do PDE, considerando CMO menor ou igual a R$ 800 por MWh o requisito de energia para o CVaR 10% é de mais de 25 mil MW médios no auge do período seco de 2034.

De acordo com a publicação, a projeção de demanda máxima e de demanda de energia é crescente. Apresentam crescimento médio de 3,3%. Em janeiro de 2034, a perspectiva é de demanda máxima mensal próxima a 150 mil MW e a demanda média em quase 120 mil MW médios.

Segundo o caderno publicado pela Empresa de Pesquisa Energética e MME, essa conclusão mostra a importância de uma expansão perene e uma estratégia para viabilizar investimentos de forma contínua no país. O atual resultado apresenta coerência com o perfil já indicado em outras versões do Caderno de Requisitos, reforçando assim a continuidade e robustez dos estudos de planejamento da expansão.

A publicação apresenta cenário das necessidades do sistema elétrico e traz as premissas e critérios utilizados e os resultados obtidos para os requisitos. Além disso, conta também com avanços metodológicos, aprimorando o uso da carga líquida e das restrições operativas das usinas hidrelétricas em todo o processo de cálculo.

O caderno, diz a EPE, traz melhorias, como a representação das usinas termelétricas com despacho antecipado e modulação das usinas hidrelétricas de Itaipu e Belo Monte. O esforço pela melhor representação do Sistema Interligado Nacional (SIN) em modelos computacionais e o uso de dados críveis é importante para que o planejamento possa ser cada vez mais efetivo na identificação das necessidades futuras do sistema.

Em comunicado, o o secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME, Thiago Barral, aponta que com as mudanças que vêm ocorrendo no setor elétrico, uma expansão baseada apenas no atendimento da projeção de carga de energia média não seria mais capaz de prover o atendimento à demanda em seus diversos momentos. Por isso, tornou-se necessária a implementação de novas dimensões de análises e métricas que permitam quantificar quais os serviços que o sistema irá precisar no futuro. Para ele, assim, é possível planejar a expansão e operação para garantir a segurança de suprimento.

Pelo lado da EPE, a entidade aponta que está atenta às lições aprendidas com a operação do sistema e de olho no futuro, para assegurar o atendimento ao menor custo para o consumidor final.