Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

As perdas comerciais tiveram aumento de 0,3 ponto porcentual em 2023 na comparação com 2022, ficaram em 6,7% . Já as perdas técnicas apresentaram alta de 0,1 p.p nessa mesma base de comparação alcançaram 7,4% do total. Em volumes foram 38,2 TWh e 42 TWh, respectivamente. As perdas totais somaram 14,1% da energia injetada em 2023 ante os 13,7% de 2022.

Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica e constam do relatório Perdas de Energia Elétrica na Distribuição, edição de 2024. A publicação traz um apanhado onde aponta que os índices estão dentro da média desde 2008 (com exceção a 2009 com a crise financeira global e em 2020 com a pandemia).

Segundo a agência, as perdas não técnicas regulatórias, que são reconhecidas nas tarifas, foram da ordem de 27,3 TWh. Para efeitos de comparação, o consumo residencial da região Sul em 2023 foi de 26,9 TWh, segundo o Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2024 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Por região geográfica, o Norte é que apresenta o maior índice real de perdas não técnicas com 19,8% e as técnicas com 10,2%. No Sul está o menor, com apenas 3% e 5,9%. Já por concessionária a Equatorial PA é a que apresenta maior índice de perdas técnicas com 11,9% do total injetado. Já em perdas não técnicas reais a Light é disparada a que tem maior índice, com pouco mais de 21%. Em segundo lugar vem a Amazonas Energia com quase 12%. As duas respondem por 32,8% dos desvios. As 10 distribuidoras com maiores montantes de perdas respondem por 70,9% das perdas não técnicas do Brasil.

Impacto financeiro

O custo aproximado das perdas técnicas, obtido pela multiplicação dos montantes pelo preço médio da energia nos processos tarifários em 2023, sem considerar tributos, foi de R$ 10,3 bilhões. Essas perdas, inevitáveis em qualquer sistema de distribuição, são repassadas aos consumidores, já se considerando a operação eficiente das redes e, portanto, não são passíveis de maiores reduções. Já as perdas na rede básica na distribuição totalizaram aproximadamente R$ 1,7 bilhão nos processos tarifários de 2023.

As perdas não técnicas regulatórias, obtidas pela multiplicação dos montantes pelo preço médio da energia de 2023, resultaram em custo aproximado de R$ 6,9 bilhões, o que representou 2,9% da receita requerida ou 9,5% da Parcela B das distribuidoras, variando conforme a concessionária. Já as perdas não técnicas reais no país representaram um custo da ordem de R$ 9,9 bilhões.