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A Receita Anual de Geração (RAG) das hidrelétricas em regime de cotas para o ciclo 2024/2025 teve redução de 6,26% em relação ao valor dos últimos 12 meses, passando de R$ 9,8 bilhões para R$ 9,2 bilhões. A tarifa, no entanto, aumentou 10,82 % e subiu de R$ 168,71/MWh para R$ 186,96 /MWh (valor com tributos).
O processo tarifário aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica nesta terça-feira, 23 de julho, será aplicado a 59 usinas e vale a partir de 1º de julho.
O reajuste deve-se, principalmente, ao impacto da descotização das usinas da Eletrobras, que serão descontratadas gradualmente (20% ao ano) até 2027, levando ao aumento da participação das UHEs mais caras no regime de cotas. É o caso das 33 usinas licitadas no anos de 2015 e de 2017, que tem direito a receber na tarifa a parcela paga pelo Bônus de Outorga (RBO). A RBO representa cerca de 42% da RAG apurada para o ciclo 2024/2025.
De julho a dezembro desse ano, a receita de cotas da Eletrobras vai ter redução de 40%, enquanto de janeiro a junho de 2025 essa redução passa para 60%. A parcela da energia que sai das cotas pode ser negociada livremente pela empresa no mercado.
O reajuste da RAG do ciclo atual inclui hidrelétricas com contratos prorrogados em 2013, as que foram relicitadas em leilão nos anos seguintes e as que estão na condição de prestação temporária do serviço.