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A descarbonização do transporte não será apenas elétrica, mas sim eclética. Em painel realizado nesta terça-feira, 30 de julho, durante o Latin American Energy Economics Meeting no Rio de Janeiro, Bruno Stukart, economista da Empresa de Pesquisa Energética, destacou que a variedade de soluções que o Brasil apresenta permite esse diagnóstico. “Temos uma miríade de soluções no Brasil, estamos investindo em todas elas: hidrelétrica, eólica, solar, biocombustível, etanol, biodiesel. Temos potencial”, explica.

Ele conta que apesar da variedade, o país tem um longo caminho a percorrer e investimentos são necessários. Muitos aportes já foram feitos e há uma vontade política em favor da descarbonização do setor, e cita programas como o Combustível do Futuro e o Nova Indústria Brasil. Segundo ele, apesar da eletrificação ser uma solução importante com grande potencial futuro, a massificação não deve acontecer no curto prazo, por conta de custos, carregamentos, bateria e a demanda de materiais críticos.

Para Stukart, já houve uma grande aceleração da eletrificação, mas as próprias montadoras sinalizam no curto e médio prazo para a hibridização de veículos. “É uma forma muito mais fácil de reduzir a intensidade de carbono e atingir as metas de redução de emissões impostas”, explica.

Os carros híbridos movidos a etanol têm conseguido destaque na descarbonização. As montadoras têm investido nessa hibridização. A forte atividade agrícola brasileira turbinou a produção do etanol e dos biocombustíveis, aumentando variedade da matriz energética.

Stukart conta que o governo também vem discutindo o incentivo ao transporte público, uma vez que muitas pessoas no país sequer conseguem acessar esse tipo de serviço. O PAC Seleções reservou montante significativo a projetos de transporte com baixa redução de emissões, que é o objetivo principal do governo.

Para Marcio D’Agosto, da UFRJ, que também participou do painel no evento, há aspectos conectados na transição energética e na descarbonização dos transportes. Segundo ele, é preciso que se elabore uma infraestrutura para que as tecnologias estejam integradas. “Precisamos conectar as iniciativas com a descarbonização”, avisa.

Ainda durante o painel o professor Sergio Leal Braga, da PUC-Rio, lembrou que o grande desafio do Brasil e do mundo será a descarbonização do transporte para grandes distâncias. Aviões e embarcações, movidos a diesel, demandam grandes volumes de combustível e as baterias atuais não suportam a demanda desse modais.

O combustível sustentável de aviação (SAF) vem sendo apontado como a solução para a descarbonização da aviação e a Petrobras projeta para 2028 estar com o energético em produção em refinarias.