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Durante teleconferência de resultados nesta quinta-feira, 1º de agosto, o Diretor de Finanças e Relações com Investidores da WEG, André Meneghetti Salgueiro, revelou que a fabricante não deve executar o valor de R$ 1,9 bilhão em investimentos previstos para esse ano. Segundo o executivo, o capex deve ficar entre R$ 1,7 bilhão e R$ 1,9 bilhão, mas ainda assim maior que o investido em 2023.
“É provável que a gente não consiga entregar, mas aparentemente vai ser maior que o R$ 1,6 bilhão que investimos no ano passado”, explica. Ainda de acordo com Salgueiro, no primeiro semestre, foram investidos R$ 743 milhões, menos da metade do previsto. No segundo semestre, o investimento costuma aumentar, mas ainda assim não deverá chegar ao valor aprovado.
Entregando o último projeto eólico do ano em carteira, a fabricante de equipamentos acredita em uma volta do crescimento dos negócios para solar no segundo semestre. De acordo com Felipe Hoffmann, Gerente de Relações com Investidores da WEG, uma melhora dos preços nessa fonte já vinha sendo detectada, o que deve impactar nas negociações e nos resultados. “A expectativa é que isso comece a acontecer ao longo do segundo semestre do ano”, explica. Sem projetos maiores na geração centralizada fotovoltaica e concentrada na distribuída, esse trimestre já teve um crescimento importante.
A falta de projetos eólicos em carteira não é novidade, já aconteceu em 2016 e 2017. Como a fábrica da WEG não é exclusiva de aerogeradores e sim de máquinas grandes, foi possível uma adequação para outros segmentos.
O segmento de Data Centers, que vem sendo considerado como um novo nicho de oportunidades no setor elétrico, já é um velho conhecido da fabricante. Salgueiro vê chances de forma indireta por conta do aumento na demanda por energia renovável, infraestrutura de transmissão e distribuição, além das necessidades de grupos geradores. No ano passado, a WEG adquiriu a norte-americana Marathon, de motores elétricos industriais e geradores, que pode fornecer soluções para esse mercado.
Na parte de mobilidade elétrica, a visão de Hoffmann é que o mercado se desenvolveu bem, mas abaixo das expectativas do mercado. Há dois blocos de produtos: o Power Train e o Pack de bateria, com foco em ônibus. Ele lembra que no ano passado foram anunciadas compras de ônibus elétricos por grandes cidades. Segundo ele, a WEG tem participado de pedidos em boa parte do mercado. “Estamos bem posicionados, dependendo um pouco mais da evolução dos produtos”. comenta.
Por outro lado, na parte de estações e recarga, há um crescimento grande e acelerado. A WEG tem parcerias com as principais montadoras para fornecer o recarregador que vai junto com o carro, além de infraestrutura para recargas rápidas. “A tendência é que continue crescendo, olhando para os próximos trimestres e próximos anos.