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O impacto do curtailment na AES Brasil – quando a produção de energia de solares e eólicas é reduzida por conta de restrições na transmissão – chegou a 91,8 GWh no trimestre e 109,2 GWh no semestre. Durante teleconferência de resultados realizada nesta sexta-feira, 2 de agosto, o CEO Rogério Jorge revelou que no complexo eólico Cajuína, em fase final de construção, a estimativa da companhia é que o efeito seja 2,5 vezes maior que o estimado pelo ONS, em função de indisponibilidade nas torres de medição.

“Mesmo com as turbinas disponíveis, não houve registro de velocidade dos ventos no sistema do operador. Com isso, toda a geração que foi impedida na prática, não foi contabilizada nos dados oficiais”, explica o executivo.

Sem as restrições do curtailment, a geração na AES poderia ser no trimestre, 39% superior ao registrado. No acumulado do ano, o aumento chegaria a 21%. A entrada em operação de linhas de transmissão previstas para serem concluídas este ano melhorarão os limites para escoamento de energia e devem reduzir os impactos.

O executivo contou que a geradora continua discutindo o ressarcimento do curtailment. Há uma ação na justiça que obriga a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica a ressarcir do curtailment. “É uma discussão que ainda vai muito longe e na nossa visão vai consumir bastante tempo e recursos em especial dos geradores que tem um portfólio renovável no Nordeste”, avisa.

No trimestre, a AES aumentou a disponibilidade na geração, que foi a 93%, subindo quatro pontos percentuais na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. No semestre, o valor está em 92%, também quatro pontos acima na comparação anual.

Auren Energia

Na Auren Energia, que adquiriu os ativos das AES no Brasil e deve concluir a transação em outubro, o curtailment teve um impacto abaixo da média do mercado. De acordo com o CEO Fabio Zanfelice, a geradora teve uma restrição eólica de 1,2%, enquanto a média nacional é 4,8%. Já na fonte solar, os ativos da Auren tiveram restrição de 5,8% com média nacional de 7,6%.

Segundo o executivo, o impacto menor vem da localização dos parques, que ficam no Piauí, região que com pouca restrição de conexão, o que confere um desempenho melhor que a média do curtailment. Os estados mais afetados no trimestre foram Ceará e Rio Grande do Norte, tanto para a fonte eólica quanto para solar. A compra da AES Brasil pela Auren deve ser finalizada em outubro deste ano. Ainda segundo Zanfelice, há equipes multifuncionais com membros das duas empresas trabalhando em um plano de transição.