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A sanção pelo presidente Lula do projeto de lei que cria o marco do hidrogênio de baixa emissão de carbono foi comemorada pela Associação Brasileira de Energia Eólica, A entidade destacou a oportunidade que se abre com o nova legislação, que foi sancionada em cerimônia realizada nesta sexta-feira, 2 de agosto, no Porto do Pecém, no Ceará.

Para a Abeeólica, a abundância de energias renováveis e do potencial eólico onshore e offshore brasileiro abre uma janela para o hidrogênio renovável no país, que deve se destacar pela produção do H2 mais competitivo do mundo. “Além do potencial de produção do Brasil e uso no mercado interno, vemos uma demanda global para o hidrogênio renovável. Há países que precisarão importar o Hidrogênio Verde e o Brasil pode se tornar um grande exportador deste combustível limpo”, acrescentou a associação em nota.

Estudo da consultoria Mckinsey citado pela Abeeólica mostra que Brasil poderá instalar uma nova matriz elétrica voltada à produção do hidrogênio verde até 2040. O investimento previsto no período é em torno de R$ 1 trilhão, destinado à geração de eletricidade, novas linhas de transmissão, unidades fabris do combustível e de estruturas associadas, incluindo terminais portuários, dutos e armazenagem.

“Esse é um momento histórico para o país e mostra um trabalho árduo dos últimos dois anos. Agora vamos partir para a ação e colocar a mão na massa para garantir a produção do hidrogênio renovável que atenda demandas internas e externas, gerando emprego e renda para a sociedade,” disse a presidente executiva da Abeeólica, Élbia Gannoum, no comunicado divulgado pela associação.

A economista destacou o papel do hidrogênio na reindustrialização do Brasil, mencionando o caráter simbólico da cerimônia no porto cearense, onde foram assinados os primeiros contratos para produção do energético em território nacional. O produto renovável é um elemento importante na descarbonização da economia, tendo diferentes aplicações, como a produção de fertilizantes, mineração, siderurgia, produção de metanol, de aço, transporte aéreo, marítimo e terrestre de veículos pesados, entre outros.

Para o head de hidrogênio da Abeeólica, André Themoteo, o marco legal é a conclusão de um trabalho concebido a várias mãos ao longo dos últimos dois anos, com participação da entidade e do Pacto Brasileiro pelo Hidrogênio Renovável, de parlamentares, incluindo o autor do projeto, deputado Arnaldo Jardim, e do Executivo. A nova lei ainda precisa de regulamentação, o que deve ser feito por meio de decreto, portarias e outros instrumentos infralegais.