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Estudo produzido pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente para avaliar a capacidade dos agentes do setor indica uma demanda de até 15 milhões de módulos fotovoltaicos, baterias e inversores, com um custo de R$ 38 bilhões para atender à demanda pela universalização do acesso à energia elétrica pelo Programa Luz para Todos, incluindo os aspectos envolvidos na universalização e gestão de resíduos e logística reversa desses sistemas. O trabalho avalia o Programa e as tecnologias solares e de baterias para atender às comunidades remotas.

O artigo científico “Photovoltaic systems, costs, and electrical and electronic waste in the Legal Amazon: An evaluation of the Luz para Todos Program”, publicado na revista Renewable and Sustainable Energy Reviews de julho mostra que ao longo de 33 anos, seriam geradas entre 58 e 234 mil toneladas de resíduos eletrônicos. Segundo o estudo, a Amazônia Legal carece de infraestrutura adequada para gerenciar esses resíduos eletrônicos.

De acordo com Vinícius Oliveira, um dos autores do estudo e líder de projetos do IEMA, os resultados mostram o tamanho físico e econômico do acesso e apontam que ele pode ser menos oneroso para a população, que hoje tem energia por meio de geradores a derivados do petróleo ou estão no escuro, provendo uma energia barata e de qualidade. Segundo ele, caso o direcionamento econômico da política pública atuasse no custo de capital dos sistemas, o preço da energia elétrica desses sistemas poderia ser inferior ao preço da energia cobrada pelas distribuidoras locais.

Entre os pontos do estudo que a revista destacou, estão que o Custo Nivelado de Energia varia entre R$ 477 e R$ 1.189 /MWh ou R$92 a R$ 230/MWh, incluindo custo de instalação, operação e descomissionamento relacionado à energia ao longo da vida útil dos sistemas. A revisão dos trabalhos internacionais apontou que os sistemas fotovoltaicos são os mais usados para levar acesso à energia para regiões remotas e que não há literatura que aborde a gestão e logística reversa dos resíduos das renováveis em regiões remotas.

O PLPT propõe universalizar o acesso à energia em regiões remotas da Amazônia Legal com renováveis. Uma diversificação das fontes poderia reduzir os resíduos gerados pelos equipamentos fotovoltaicos e estimular o desenvolvimento de uma cadeia de serviços nas regiões que passarão a ter acesso aos serviços de eletricidade.

Para Fabio Galdino dos Santos, um dos autores do estudo, há uma tendência internacional em usar energia solar para a universalização do acesso em regiões remotas. Com isso, o PLPT pode se tornar um grande exemplo mundial ao dar escala para a utilização dessa tecnologia.