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Trabalhando com a prioridade de extrair mais valor de seus ativos, a Copel irá participar do leilão de capacidade que deve acontecer em dezembro. Mas assim como outras empresas do setor, a elétrica espera maior clareza do Ministério de Minas e Energia quanto aos critérios de operação e penalidades para as usinas hídricas, que pela primeira vez irão participar desse tipo de certame.
“Apesar da preocupação percebemos uma preocupação do MME para termos razoáveis que tragam competitividade do produto hídrico”, comentou o presidente Daniel Slaviero, durante teleconferência nessa quinta-feira, 8 de agosto.
Para o leilão de transmissão, que irá acontecer em setembro, o executivo salientou ser inerente a composição de taxas menores para um nível de retorno mais adequado que oportunize a participação. E que a companhia analisa principalmente um lote com poucos custos incrementais, dado que dê quatro subestações, três são de sua posse.
Estrutura de capital
Sobre o trabalho de revisão da estrutura de capital, o executivo ressaltou que a discussão contempla fatores que não são do escopo e controle integral da empresa, que trabalha em uma sinalização mais concreta para esse ano ou início de 2025. Com relação aos dividendos, ideia é seguir com a política dos 50%, mas fatos extraordinários irão fazer parte dos estudos a serem desenvolvidos.
Slaviero destacou a busca por boas alocações de capital, não necessariamente em investimentos, mas com possibilidades de recompra de ações e aumento nos pagamentos de proventos. E que no caso de novos aportes, estes poderiam transcender qualquer oportunidade geográfica, sem limitação fora dos dez estados onde possui ativos atualmente. “Não estamos vendo nada muito concreto no momento, a não ser essa extração de mais valor dos ativos atuais”, reforça, lembrando também da revisão de melhorias no segmento de transmissão.
O presidente também informou sobre a venda de algumas PCHs até o fim do ano, e que a alienação de imóveis como vilas residências de hidrelétricas como Foz do Areia, Segredo e outras estão em fase final da assinatura do contrato e posteriormente pagamento das primeiras parcelas. Assim, é esperado uma redução no custo de manutenção, vigilância e administração dos locais.
Custos na distribuidora
Ainda sobre redução de custos, mas na distribuidora, o executivo ponderou que a companhia está empreendendo aportes em reforços e automação das redes e digitalização para melhorar a qualidade da energia em detrimento dos impactos climáticos cada vez mais severos. Mas que o segmento tem espaço ainda para oportunidades de redução, citando a previsão de R$ 460 a R$ 480 milhões a serem visualizados nas demonstrações financeiras em três anos.
“De 1437 empregados, cerca de 830 serão desligados, além de eficiências nos contratos, renegociação de suprimentos e outras alavancas para estabilização de um patamar inferior ao que temos em PMSO”, conclui Slaviero.