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A CPFL Energia registrou um lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no segundo trimestre de 2024, uma redução de 11,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já o Ebitda da companhia atingiu os R$ 2,8 bilhões, uma queda de 7,1% em relação ao mesmo trimestre de 2023, quando registrou R$ 3 bilhões.
Segundo o presidente da companhia, Gustavo Estrella, o mês de maio foi marcado por uma das maiores tragédias climáticas atingindo o Rio Grande do Sul. Ele destacou que, com o elevado volume de chuvas e enchentes em praticamente todos os municípios da área de concessão da CPFL, com reflexos também sobre os ativos de geração e transmissão, foram pequenos os impactos nas operações e resultados, o que evidencia a resiliência de negócios perante um cenário adverso.
A receita operacional líquida ficou em R$ 9,6 bilhões no trimestre, um aumento de 2,9% em relação ao mesmo período de 2023. Já a receita bruta cresceu 4,1% no período, atingindo os R$ 14,2 bilhões.
No segmento de distribuição, destaque para a carga, que nesse trimestre continua forte, principalmente nas classes residencial e comercial, onde ocorreram crescimentos de 11,2% e 11,0%, respectivamente, quando comparado ao mesmo período de 2023. Na classe industrial, houve um crescimento de 1,5%, em consequência de uma moderada recuperação da indústria, principalmente no estado de São Paulo. O segmento rural mostrou crescimento de 9,4%, por conta principalmente do desempenho das distribuidoras do estado de São Paulo, devido à estiagem na região.
Vale destacar ainda os impactos dos eventos climáticos no Rio Grande do Sul sobre a RGE. A empresa chegou a ter 98,7% dos municípios de sua área de concessão afetados, onde, no pico da crise, 315 mil clientes ficaram sem energia, a maior parte deles por segurança. No resultado do trimestre, foram R$ 84 milhões de impacto, advindos de baixa de ativos, serviços de terceiros e impossibilidade de faturamento de clientes afetados pelas enchentes.
No segmento de transmissão, a companhia apresentou um ganho em relação a 2023, com aumento da receita devido aos reajustes tarifários. O impacto dos eventos climáticos foi de R$ 9 milhões, principalmente por baixa de ativos e serviços de terceiros, consequência das 8 subestações e 34 linhas que foram afetadas.
Já em geração, a companhia observou uma queda de 6,4% na geração eólica devido ao menor vento, além de um impacto de 4,8% devido ao curtailment. Nesse segmento, o impacto das enchentes foi de R$ 19 milhões, causado principalmente pelo alagamento da casa de máquinas da usina hidrelétrica Monte Claro e pelo rompimento parcial da crista da barragem da usina hidrelétrica 14 de Julho.
Por fim, a companhia investiu R$ 1,4 bilhão, sendo R$ 1,1 bilhão no segmento de distribuição e R$ 153 milhões em transmissão. Já são R$ 2,4 bilhões no primeiro semestre e a CPFL espera atingir um Capex de R$ 5,9 bilhões para todos os negócios do grupo em 2024.
Renúncia
A companhia informou que recebeu uma carta de renúncia de Yuehui Pan ao cargo de membro do conselho de administração, para o qual havia sido eleito na assembleia geral ordinária realizada em 28 de abril de 2022 e cujo mandato se estenderia até 2025. Ele também renunciou ao cargo de diretor vice-presidente financeiro e de relações com investidores, para o qual havia sido eleito em 11 de maio de 2023.
Diante deste cenário, Gustavo Estrella assume interinamente a posição de diretor vice-presidente financeiro e de relações com investidores. Já com relação ao cargo de membro do conselho de administração, a companhia aprovou a eleição de Wang Kedi como seu substituto.