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A Petrobras tem cerca de 3,4 GW em usinas que podem participar do leilão de capacidade deste ano. São 10 usinas, nove dessas já existentes e que estão descontratadas com 3 GW e mais uma greenfield de 400 MW que seria construída em ciclo aberto.
Na avaliação do diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, quando o certame for realizado a companhia deverá ser bastante competitiva. Um dos pontos é que essas centrais já estão com investimentos já parcialmente amortizados e isso é visto como uma vantagem que a companhia teria nessa disputa, quando esta ocorrer.
“Podemos contratar essas térmicas descontratadas, mas estamos mirando ainda uma térmica nova”, comentou ele. “Estamos bem fortes para colocar uma nova usina de 400 MW que é do Gaslub e as demais de ciclo aberto para ter o ramp up rápido para atender à demanda de potência”, acrescentou.
Essa potencial usina nova, inclusive será abastecida com gás natural da Rota 3 que começou a operar nesta sexta-feira, 9 de agosto, e tem o potencial de 18 milhões de m³. Esse gás vem do pré-sal e abre uma nova perspectiva de injetar o insumo no continente. Em princípio serão 10,5 milhões de m³ e um mês depois o restante. Segundo a presidente da companhia, Magda Chambriard, a reinjeção desse gás ocorria justamente por falta de escoamento.
Tolmasquim lembrou que o país tem necessidade de contratação de potência para atribuir segurança ao sistema elétrico nacional já para 2027 ou 2028 e que, por isso, o leilão tem que ser organizado para que haja tempo de que esse capacidade esteja operacional esse período.
Wagner Victer, gerente executivo do Campo de Búzios da Petrobras, comentou que a companhia já possui a licença prévia. Por isso, ele acredita que não verá problema em continuar o projeto. Além disso, outra questão que é transmissão também não será uma questão para companhia, pois há espaço em um ativo em Itaboraí (RJ).
Renováveis
Tolmasquim voltou a falar sobre um dos grandes assuntos da companhia na atual administração que é a retomada dos aportes em renováveis. Ele comentou que a empresa identificou cinco parceiros potenciais com projetos que somavam mais de 3 GW em capacidade para investimentos. Inclusive, a estatal até apresentou uma proposta a uma delas, mas que as negociações não avançaram.
“Lembrando que nosso plano para 5 anos é de termos 5 GW em renováveis, para uma delas fizemos uma oferta não vinculante, mas não fechamos negócio. Então, estamos agora com 4 parceiros em análise e negociação”, apontou em teleconferência de resultados.
Nesses projetos, lembrou Tolmasquim, a ideia é entrar em parcerias meio a meio ou algo nesse patamar, que pode ser negociado entre as partes. Seriam empreendimentos em operação, greenfield ou em construção, foco em eólica onshore. No caminho da transição energética ainda tem no foco CCUS e em hidrogênio, mas não entrou em detalhes.