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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social quer avançar mais no financiamento ao Biogás. Na última semana, foi realizado no Rio de Janeiro o workshop “Financiando o setor de biogás e biometano”, promovido pelo banco e pela Associação Brasileira do Biogás. O objetivo era que os agentes conhecessem melhor as possibilidades de financiamento disponíveis para o setor. De acordo com a superintendente da Área de Transição Energética e Clima do banco, Carla Primavera, no ano passado, foram quase R$ 500 milhões para a fonte e a expectativa é que esse ano o valor seja suplantado. “Temos projetos de resíduos de aterros e também provenientes da agroindústria”, avisa.

O banco tem boas perspectivas para a fonte. O aumento da produção nos próximos anos e a transição energética ampliam a chance de negócios. Na comparação com outros energéticos renováveis, como SAF e H2 Verde, o biogás aparece como mais barato.

A superintendente do banco elogiou a aproximação com os agentes do biogás por meio do workshop. Segundo ela, o relacionamento histórico do banco com o agronegócio trouxe muito projetos do energético para o banco. O biometano, cujos projetos tem conseguido se viabilizar financeiramente, deve inaugurar na visão da executiva, uma nova fase, de um novo modelo de financiamento via project finance.

Durante o workshop, foram apresentadas as possibilidades de financiamento disponíveis do banco. Para financiamento direto, o banco apresentou o Finem, com crédito mínimo de R$ 40 milhões, que possui as linhas Meio Ambiente e máquinas e equipamentos importados sem similar nacional.

O Programa Fundo Clima tem financiamento mínimo de R$ 20 milhões. O fundo é bastante conhecido e apoia projetos ligados a redução de emissões de gases do efeito estufa e à adaptação às mudanças do clima. O fundo não financia nenhum tipo de importado.

Há ainda o BNDES Máquinas e Serviços, com valor mínimo de financiamento de R$ 20 milhões. Esse é dedicado à compra, comercialização ou produção de máquinas e equipamentos nacionais; aquisição de materiais industrializados nacionais; compra de serviços nacionais e compra de equipamentos importados sem similar nacional.

O banco financia itens comuns em projetos de biogás/ biometano, como serviços técnicos especializados, máquinas novas com cadastro no Credenciamento de Fornecedores Informatizado e despesas pré-operacionais. Pior outro lado, não são financiáveis investimentos anteriores a seis meses, terrenos, máquinas equipamentos importados novos com similar nacional, assim como equipamentos sem CFI-BNDES.

Como exemplo de Project Finance, foi mostrado o Caso Essencis, da Solvi/ Ecometano. Estruturado como Project Finance, o banco financiou R$ 93,8 milhões, em que R$ 53,7 milhões virão do Fundo Clima. O empreendimento, com capacidade de 68 mil m³/ dia de biometano, será o maior aterro sanitário da América Latina e o terceiro maior do mundo, vai evitar a emissão de 43.068 toneladas de CO2 equivalente / ano.

Hidrogênio – Após a aprovação do marco regulatório do H2, a superintendente do banco revelou que investidores que já vinham conversando com o BNDES, mas que ainda não tinham definição de investimentos já se mostram prontos para uma tomada de decisão. A partir daí pode ser possível a estruturação de um financiamento. “Temos diálogo com muitos investidores que estão olhando para fazer projetos de grande porte”, observa. O banco tem dois projetos grandes para hidrogênio em análise.