Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

O futuro de Angra 3 será definido pelo Conselho Nacional de Política Energética, mas se depender do Ministério de Minas e Energia a opção seria pela retomada das obras da usina. Essa posição foi passada pelo ministro Alexandre Silveira em audiência na Comissão de Minas e Energia na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 13 de agosto.

O titular da pasta disse que essa é a sua opinião sobre esse tema que se arrasta por décadas. Apesar desse posicionamento ele diz que a decisão será do colegiado e não apenas do ministério.

“Estamos esperando o estudo do BNDES, mas minha opinião é de que deveríamos continuar a obra de Angra 3, não podemos carregar em nossa consciência ficar com um mausoléu para servir de visitação. O mundo enxergaria aquilo como um fracasso de gestão do Estado Brasileiro”, afirmou ele sobre a continuidade da construção da central.

Silveira afirmou ainda que, além de Angra, o governo deveria caminhar para o desenvolvimento da cadeia de combustível nuclear ao aproveitar as reservas de urânio em território nacional. Ele classificou esses minerais como uma segunda Petrobras em termos de valor de mercado e que o país poderia se beneficiar dessa exploração. Além disso, voltou a defender a questão dos reatores de menor porte, ou SMR.

Ainda sobre o urânio, Silveira revelou que o governo identificou que há esse mineral, que é a matéria prima do combustível, em associação a fosfato e que mineradores estariam não declarando essa extração. O MME estaria fazendo um estudo sobre o fosfato exportado que tem menor valor do que o urânio e que o Brasil poderia obter mais recursos ao separar esses dois minerais.

Eletronuclear
Silveira defendeu junto a deputados da CME, que a Eletronuclear não é eficiente, criticou altos salários da companhia, e pediu aos parlamentares para, em parceria com o governo, estudar uma política pública para mudar a empresa.

Em relação à participação da Eletrobras na geradora, que é um dos pontos que estão em negociação na câmara de arbitragem, o ministro comentou que a ex-estatal não quer fazer mais o aporte em Angra 3 mesmo sendo acionista.

O governo estuda assumir a usina como uma das condições de ter assento no conselho da companhia, onde a União é o maior acionista com 43%, mas não possui nenhum representante no board da elétrica.

Além disso, o ministro defende que a questão nuclear deve ser uma atribuição o Estado e não de uma empresa privada. Deve ser tratada de forma estratégica, mesmo com seu uso para fins pacíficos.