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A Cemig registrou lucro líquido de R$ 1,6 bilhão no segundo trimestre de 2024, alta de 35,6% em relação ao lucro líquido de R$ 1,2 bilhão do segundo trimestre de 2023. A companhia informou suas demonstrações financeiros, reportando aumento de 7% na receita líquida, alcançando R$ 9,4 bilhões. Já o Ebitda recorrente cresceu 2%, totalizando R$ 1,9 bilhão.

A alavancagem, medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda, subiu 0,13 ponto percentual, atingindo 1,02 vez. O custo médio real da dívida foi de 7,2%, com prazo médio de 3,4 anos, indicando um cenário de endividamento controlado, mas em observação.

O investimento total no período foi de R$1,4 bilhão, 49% maior na comparação anual, com a Cemig D apresentando Capex realizado de R$1 bilhão. Somente no primeiro semestre, foram mais de R$ 2,4 bilhões destinados a melhoria das instalações no estado, valor 43% superior aos recursos destinados no mesmo período do ano passado, quando foi aportado R$ 1,7 bilhão. Até o final deste ano, a empresa planeja investir R$ 6,2 bilhões.

O grupo mineiro registrou crescimento de 179 mil clientes, o que equivale a um incremento de 1,96% na base de consumidores em relação a junho de 2023. O fornecimento de energia aumentou 2,9%, com o DEC ficando em 9,19 horas, enquadrado ao limite regulatório de 9,64 horas. Já as perdas ficaram acima do nível regulatório na janela de 12 meses encerrada em junho de 2024, atingindo 10,91%, enquanto a meta regulatória é de 10,66%.

Dividendos bilionários

Além do balanço, o conselho de administração da empresa aprovou o pagamento de R$ 1,4 bilhão em dividendos adicionais, o que equivale a R$ 0,49 por ação. O pagamento será feito em 30 de agosto, contemplando acionistas com papéis ordinários e preferenciais que estiverem na base da companhia até 23 de agosto.

Alienação na Aliança Energia

Outro anúncio foi da conclusão de alienação de sua participação direta de 45% no capital social da Aliança Energia para a Vale, no valor total de R$ 3 bilhões, corrigido pelo CDI desde a data-base. Deste total, foi descontado R$ 298,7 milhões em dividendos pagos pela Aliança à Cemig GT, resultando no recebimento de R$ 2,74 bilhões em agosto de 2024. A negociação aconteceu na modalidade de “Porteira Fechada”, exonerando a companhia de qualquer eventual indenização relativa à Aliança.