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A Statkraft inaugurou nesta quarta-feira, 14 de agosto, o parque eólico Morro de Cruzeiro, localizado no município de Brotas de Macaúbas, no estado da Bahia. O empreendimento recebeu investimentos na ordem de R$600 milhões e é composto por 14 turbinas com capacidade instalada de 79,8 MW.

O parque deverá gerar 386 GWh de energia renovável por ano, o suficiente para abastecer mais de 190 mil residências. Segundo o CEO da Statkraft Brasil, Fernando De Lapuerta, esta é a segunda inauguração da companhia em 2024. “Isso mostra a força da nossa companhia para o mercado e até mesmo dentro do nosso Grupo. Estamos, agora, conquistando os frutos de todo trabalho realizado nos últimos tempos e continuaremos a investir no Brasil, contribuindo para a transição energética nacional e, também, mundial”, disse.

Morro do Cruzeiro é uma ampliação do complexo eólico Brotas de Macaúbas, outro ativo da empresa em operação. No ano passado, a empresa divulgou que o complexo receberá o maior aerogerador onshore produzido no Brasil. A iniciativa é uma parceria entre a Statkraft e a WEG e vai propiciar a instalação do aerogerador AGW172/7.X (7MW) e certificação de tipo desta plataforma. O equipamento é resultado da união entre a WEG e a Petrobras para o desenvolvimento do primeiro aerogerador onshore desse porte – e o maior – a ser desenvolvido e fabricado no Brasil. A previsão é que entre em operação no segundo semestre deste ano.O investimento na ampliação das operações da Statkraft na região contribuiu com a movimentação econômica estimulada pela geração de empregos durante a obra, que chegou a 550 profissionais atuando na construção do parque. Além disso, viabilizou a realização de ações importantes para o desenvolvimento das comunidades locais, como o Programa Ventos da Gente, por onde a empresa investiu cerca de R$ 1,5 milhão em projetos sociais em parceria com as comunidades da Boa Vista e da Mangabeira, no município de Brotas de Macaúbas.

Projetos híbridos

No fim de 2023, a empresa anunciou que o complexo eólico Brotas de Macaúbas passará a ser um empreendimento híbrido, com a inclusão da geração de energia solar, otimizando a infraestrutura do parque eólico já em operação há mais de 12 anos. A construção de Morro do Cruzeiro Solar foi iniciada e a previsão de conclusão para o segundo semestre de 2025.

Além de Morro do Cruzeiro, outro empreendimento da Statkraft será hibridizado, o complexo eólico Ventos de Santa Eugênia, o maior da companhia fora da Europa. Localizado em Uibaí e Ibipeba, também na Bahia, o complexo irá gerar energia solar junto à eólica e, ainda, traz como inovação o uso de baterias, com tecnologia BESS, que utiliza o mesmo ponto de conexão da eólica e solar. A previsão é que esta obra seja finalizada em novembro de 2025.

Juntos, os dois projetos receberão R$ 926 milhões de investimento e terão a capacidade de 275 MWp. Na fase da construção, a empresa prevê gerar cerca de 1,5 mil empregos.

De acordo com o CEO da companhia, os projetos têm uma combinação muito boa. “Faz muito sentido o conceito híbrido. É uma forma eficiente de uso de infraestruturas. Também são projetos que têm um impacto socioambiental menor, porque trabalham no mesmo lugar, com as comunidades, têm menos impacto. Então funciona muito bem, são mais eficientes para o sistema, mais eficientes para o investidor e melhores desde um ponto de vista em impacto socioambiental. Por enquanto estamos muito satisfeitos e é uma linha que vamos continuar explorando nos próximos anos”, explicou à Agência CanalEnergia.

A companhia acredita que a inclusão desses projetos híbridos no leilão de reserva de capacidade deve acontecer no próximo ano. “Acreditamos que fazem bastante sentido e estaríamos prontos para participar com vários projetos que estamos trabalhando. Podem ser projetos solares e de baterias inseridos dentro de um complexo eólico solar ou híbrido. Têm diferentes oportunidades e estamos abertos para investir nesse tipo de tecnologia”, ressaltou De Lapuerta.

Projetos eólicos offshore e H2V

Fernando De Lapuerta disse com exclusividade à Agência CanalEnergia que a empresa não tem intenção de investir em offshore aqui no Brasil. “Por enquanto não avaliamos a possibilidade de offshore. Temos offshore em outros lugares do mundo, na Europa especialmente. Mas por enquanto a nossa prioridade é eólica e solar e eventualmente baterias também”, afirmou.

Sobre hidrogênio verde, o executivo destacou que a companhia já possui projetos de hidrogênio na Europa e na Noruega. “Aqui no Brasil temos projetos em fase de prospecção e estamos avaliando diferentes oportunidades dentro da própria Bahia. Mas, geralmente, projetos mais focados no consumo doméstico. Não estamos nos grandes projetos que estão sendo planejados para exportação fora do país. Nós avaliamos que o futuro do hidrogênio no meio e no curto prazo está mais para soluções para necessidades domésticas locais, para diferentes indústrias que estão prontas para o uso”, finalizou.

*A repórter viajou a convite da Statkraft.