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A Renova Energia teve lucro líquido de R$ 13,843 milhões no segundo trimestre, revertendo prejuízo de R$ 42,732 milhões em igual período anterior. O resultado foi impactado pelo earn-out, de R$ 58,7 milhões, recebido da AES Brasil pelo desempenho da operação do complexo eólico Alto Sertão II vendido pela companhia, segundo Victor Hugo Alexandrino, CFO da Renova, explicou em teleconferência sobre os resultados nesta quinta-feira, 15 de agosto.

No acumulado do ano, a empresa tem prejuízo de R$ 48,073 milhões, 44,9% menor que as perdas do ano passado, de R$ 87,171 milhões. Contudo, o resultado ajustado, sem os efeitos não recorrentes, mostra prejuízo de R$ 51,733 milhões no trimestre e de R$ 113,649 milhões no primeiro semestre.

A receita operacional bruta cresceu 9,5% no segundo trimestre para R$ 64,664 milhões. No primeiro semestre, a Renova teve receita bruta da de R$ 113,214 milhões, 13,7% a menos que em igual período anterior. A receita operacional líquida da geradora ficou em R$ 56,022 milhões no trimestre, 4% maior; e em R$ 98,609 milhões no semestre, caindo 17,8%.

O ebtida da companhia ficou em R$ 74,516 milhões no trimestre, alta de 211,6%. No semestre, o ebtida cresceu 50,6% para R$ 67,518 milhões. O ebtida ajustado, que desconsidera o earn-out e outros efeitos não recorrentes, ficou em R$ 21,894 milhões no trimestre, com alta de 28,5%; e em R$ 26,608 milhões no semestre, 29,9% a menos.

A produção de energia no complexo eólico Alto Sertão III – Fase A somou 267 GWh no segundo trimestre, com queda de 17%. Segundo a empresa, a produção foi afetada pelo curtailment, que representou 21,9%, ou 58,5 GWh, da geração esperada para o período.

Alexandrino informou que a empresa espera colocar em operação o projeto Caetité Solar até o fim do ano. O projeto de geração distribuída tem 4,8 MWp, composto por 19.200 placas de 245W cada e quatro inversores. Segundo o executivo, o projeto depende da conclusão da construção da linha de distribuição, que já conta com a autorização necessária e os materiais já comprados. Ele informou ainda que a empresa que fará a construção já foi contratada.

Em relação a recuperação judicial, o executivo informou que a empresa está em negociação com os credores classe 2, formada por bancos, para reestruturação do cronograma de pagamentos. Alexandrino disse que a empresa está cumprindo todos os marcos da RJ, mas depende dos credores e do juiz para sair do programa. A empresa deve realizar novo leilão de projetos conforme o cronograma previsto, após o de julho não ter atraído interessados.

A Renova tem um portfólio de 7 GW eólicos e 2 GWp de solar em vários estados. Na região de Caetité, a empresa tem 420 MW de solar em estágio avançado de desenvolvimento.