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A Agência Reguladora do Estado do Ceará (Arce) multou a Enel Distribuição Ceará em R$ 28,5 milhões pelas quedas constantes de energia que vêm afetando a população cearense em diversos municípios, inclusive na capital Fortaleza. De 2021 a 2023, o número de reclamações contabilizadas pela ouvidoria passou de 1.415 registros para 2.580, alta de 82,3%. O cenário também inclui a duração das interrupções, assim como a demora nas religações das unidades consumidoras.

Entre os pontos analisados estão as interrupções com duração igual ou maior que três minutos; com no mínimo uma unidade afetada; além daquelas de responsabilidade exclusiva da distribuidora. Conforme o coordenador de energia da Agência Reguladora, Cássio Tersandro, a concessionária registrou um aumento contínuo nos cortes após seis horas de duração. “Nos casos dos atendimentos que ultrapassaram 24 horas, o percentual mais do que dobrou em 2023, subindo de 3,02% para 6,10%”, pontua.

Nesse ano os dados indicam que a situação continua. Somente de janeiro a julho, a Arce computou mais reclamações do que em todo ano passado, totalizando 2.658 registros. Em relação às demandas crescentes, as reclamações se dão em várias frentes e aspectos, e em relação a vários indicadores: atendimento, faturamento, atendimento a emergências, geração distribuída e ligações com obras.

Diante desse cenário, a Arce e a Aneel indicaram que poderão tomar algumas providências, como realizar fiscalizações, monitorar o cumprimento dos indicadores e metas, acompanhando também os parâmetros estabelecidos no próprio contrato de concessão. O regulador cearense informou também que existe um plano de resultados firmado com a Enel até 2026, incluindo reuniões trimestrais com a distribuidora para averiguar se os indicadores de qualidade estão sendo cumpridos.

Entre janeiro e dezembro de 2023, as cidades cearenses com as maiores taxas na demora de religação, em ordem decrescente, foram: Poranga, Choró, Baixio, Cariré, Santana do Cariri, Ibaretama, Farias Brito, Nova Olinda, Monsenhor Tabosa e Altaneira. Dos municípios, Poranga lidera a lista apresentando uma média de 14,37 horas para o atendimento de religação, enquanto Altaneira ocupa o décimo lugar, com uma média de 12,56 horas.

Sobre os bairros de Fortaleza, os maiores índices de demora são Bom Jardim, Barra do Ceará, Messejana, Dias Macedo, Mondubim, Mucuripe, Pici, Parangaba, Presidente Kennedy e São João do Tauape. Bom Jardim lidera a lista com uma média de quase 11 horas de espera para religações, enquanto São João do Tauape e adjacências ocupam o último lugar, com média de quase 10 horas.