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Com atuação consolidada na geração, gestão e comercialização, a Trinity Energia se prepara para entrar no segmento da transmissão. Para esse novo mercado, já estão destinados R$ 500 milhões nos próximos cinco anos para futuros investimentos. De acordo com o CEO João Sanches, a intenção é participar do leilão de linhas de transmissão, que acontecerá no final de setembro e disputar um lote, ainda não revelado. “A gente vem se preparando a cinco meses, é um negócio novo”, afirma.

A estratégia da Trinity é disputar os lotes menores, que segundo Sanches, não devem receber lances dos players maiores. Ele conta que já havia a vontade de investir em transmissão, mas o foco da empresa estava na execução de projetos de Geração Distribuída. Com a mudança de regras na GD e a falta de novos projetos, a Trinity decidiu buscar novas linhas de investimento. “Entendemos que essa seria a melhor opção que temos agora para direcionar os nossos esforços”, avisa.

Os fornecedores e parceiros já estão pré-contratados. Caso vença o certame, a execução do projeto já está estruturada para evitar surpresas. Sanches vê os leilões de LTs como bastante disputados por grandes grupos do setor e novos entrantes, que centralizam a disputa nos lotes maiores. “Estamos indo com a cabeça que não vamos ter esse tipo de competidor e aí sim podemos ter um bom preço no lance nesse vácuo de mercado”, pontua.

O executivo destaca que o primeiro projeto da empresa será desafiador, por iniciar essa nova jornada. Segundo ele, houve um grande esforço para adquirir experiência no assunto para a disputa. “A gente estudou bastante, se preparou, esse já foi um desafio de algo novo para se sentir confiante”, comenta.

Ele também vê desafios nas partes fundiárias e ambiental, mas plenamente possível de ser superada, já que os projetos de transmissão acabam sendo construídos.

O movimento de aquisições, comum no segmento de transmissão, não está nos planos da Trinity. A expansão no segmento será orgânica e apenas via leilões de LTs. “Nossa intenção é nos preparar para este leilão e para os próximos que estão por vir”, aponta.

Na geração, a Trinity ainda tem projetos de GD para entrar em operação até o ano que vem. Esse ano, a maior parte deve iniciar a operação, deixando a empresa com 80 MW. O pipeline é de mais de 100 MW, com a maior parte já pronta. Esses empreendimentos ainda estão sob a regra antiga da GD. Para o executivo, o momento atual não traz atratividade para projetos com as novas regras.

Em abril, foi anunciada a venda dos seus ativos de GD para a IVI Energia S.A., controlada pela Brookfield Asset Management, uma das maiores gestoras globais de ativos. Presente em 25 estados, são mais de 800 unidades entre consumidoras e geradoras sob sua gestão.

Sanches acredita que o ambiente de negócios melhore em 2025, uma vez que o dólar deve cair e o preço da energia deve ficar mais alto no longo prazo. “Pode ter um momento de viabilidade, mas acredito que esse momento esteja mais para o ano que vem”, pontua.