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A Eletrobras adotou a implantação de um Sistema de Gestão de Ativos. O modelo é usado para dirigir, coordenar e controlar as atividades de gestão, extraindo valor dos ativos em todo seu ciclo de vida, por meio do equilíbrio entre desempenho, custos e riscos nas tomadas de decisões.

De acordo com a companhia, a otimização da gestão de ativos busca o ponto ideal, analisando desempenho e custo na decisão correta de investimentos no CAPEX e OPEX. Com esse monitoramento há uma maior mensuração do risco. O objetivo, segundo a empresa, é o sucesso sustentado através do desenvolvimento e demonstração da capacidade de gerir eficazmente as atividades de operação, buscando a inovação para alcançar os resultados pretendidos.

Para isso, a companhia tem investido na implementação de soluções integradas de monitoramento de ativos. Um dos processos é o monitoramento de máquinas, já implementado nas usinas hidrelétricas de Simplício (MG/RJ) e Balbina (AM). Os sistemas IMA-DP e SOMA, ambos desenvolvidos pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) Eletrobras, visam garantir os padrões de excelência na disponibilidade de geração de energia nessas usinas, bem como uma gestão inteligente do tempo e dos custos de manutenção, reduzindo os riscos de falhas de isolação nos geradores.

O SOMA (Sistema Orientado ao Monitoramento de Ativos), por exemplo, é um sistema flexível com foco no auxílio à gestão de ativos físicos, que pode ser utilizado para monitorar diversos processos industriais. As funcionalidades permitem desde o monitoramento online do estado operativo do equipamento por um técnico de manutenção até o diagnóstico da sua condição por um engenheiro especialista.

Já o Monitoramento de Equipamentos Elétricos de Alta Tensão por meio de Medição de Descargas Parciais (IMA-DP) é um sistema de monitoramento que avalia a condição do isolamento de equipamentos elétricos de alta tensão com o objetivo de evitar falhas do equipamento elétrico que podem gerar alto custo e riscos. Essa técnica pode ser aplicada em cabos, geradores, motores, compensadores síncronos, transformadores de potência, reatores, transformadores de instrumentos, disjuntores, subestações isoladas a gás, capacitores de potência e para-raios.

Amplamente empregado em diversas usinas do Brasil, como a UHE Itaipu Binacional, o SOMA aplica tecnologias da Indústria 4.0, como Inteligência Artificial, Internet das Coisas e Digital Twins, para traduzir dados de monitoramento em informações úteis para tomada de decisão por parte dos gestores de manutenção. Além da UHE de Simplício e da UHE de Balbina, a integração do IMA-DP ao SOMA vem sendo implantada também em outras UHE das empresas Eletrobras como na UHE Passo São João, operada por Eletrobras CGT Eletrosul, que também já está em funcionamento. A expansão para outras plantas da Companhia já está em curso.