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A Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia acredita que o mercado de baterias deverá ver um importante salto a partir de regulamentação que poderá ser implantada via Resolução Normativa da Aneel. A entidade defende que há potencial de aplicações por exemplo para atuar no horário de ponta sem a necessidade de térmicas uma vez que essas usinas precisam de 8 horas de operação ante uma necessidade de apenas 3 horas diárias.
Caso as regras fiquem prontas no final do ano, como é a perspectiva apontada pela Aneel para a CP 39 que trata da regras para o segmento, 2025 deverá ser o ano de maior crescimento por aqui. Essa é a avaliação do presidente da Absae, Markus Vlasits, em entrevista coletiva que a entidade promoveu após a cerimônia de abertura da Intersolar South America.
Segundo a avaliação da entidade, a decisão por uma regra depende de uma decisão política, porque na parte técnica já está entre 80% e 90% resolvida. E essa decisão está relacionada à entrada desse dispositivo no leilão de reserva de capacidade que está previsto para ser realizado ainda este ano.
“Nossa proposta é despachar o eventual excesso de geração quando é necessário pelo sistema, ajudamos até na questão do constrained off”, apontou o executivo. A economia, continua ele, pode chegar a até 50% quando comparado ao despacho de térmicas a combustíveis fósseis que estão previstas participar no certame. “Armazenamos energia renovável que seria jogada fora e colocamos na rede quando necessária”, defende.
Ele ressalta que os sistemas de armazenamento, que vêm apresentando queda de preços cada vez maiores, só trarão valor ao país se houve políticas públicas. Segundo ele, no vácuo dessas regras não acontece nada. No foco da entidade, além do LRCAP, estão os sistemas isolados e os sistemas atrás do medidor, ou behind the meter.
De acordo com dados da Absae, os preços estão caindo bastante. Vlasits relata que é possível encontrar reduções que alcançam 10% na comparação entre pedidos de orçamentos entre um mês e outro. “Antes estávamos falando de R$ 4 mil por kWh de capacidade e hoje associados nossos sinalizam que sistemas de grande porte já podem ser encontrados a R$ 1,5 mil/kWh”, exemplifica.
A expectativa da entidade é grande por conta do que vem acontecendo no exterior, segundo dados apresentados pela German Solar Association, na abertura do evento, 80% dos sistemas de GD na Alemanha já saem associados a um sistema de baterias. Segundo a VP da Absolar, e CEO da Cela, Camila Ramos, esse dado é importante por sinalizar uma tendência de mercado para o Brasil, a questão é saber quando irá acontecer.
A Absae relata que um dos grandes desafios é a tributação dos sistemas BESS que para o importado chega a 70% e o nacional está na faixa de 50%. Para ele, esses índices não fazem sentido uma vez que há o histórico de incentivos atribuídos à solar e à eólica, para citar os mais recentes. No caso das baterias, diz que estar elegível ao REIDI e benefícios do ICMS já representariam uma grande ajuda dada a essa indústria nascente por aqui.