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O estado do Amapá contou com evento na última segunda-feira, 26 de agosto, em Santana, para realizar a entrega do primeiro Atlas Solar do estado e também o lançamento da pedra fundamental do “Instituto Margem Equatorial”, um centro avançado de tecnologia estratégica que vai desenvolver pesquisas, capacitação e outras soluções voltadas à transição energética e à biodiversidade da Amazônia, que tem previsão de inauguração para 2025. No evento foram apresentadas estimativas que apontam o potencial para geração de energia solar e perspectivas de produzir SAF (combustível sustentável de aviação) a partir de uma das principais cadeias produtivas do estado, o açaí.

O investimento na infraestrutura será de R$ 14,3 milhões. Os projetos estão sendo conduzidos pelo Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), por meio de convênio com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e investimentos frutos de emendas parlamentares do senador da República Davi Alcolumbre e do ex-senador, Jean Paul Prates, com vistas ao desenvolvimento da Margem Equatorial brasileira. As instalações do Instituto serão erguidas em uma área cedida pela Eletrobras em Santana, Região Metropolitana da capital amapaense, Macapá.

O Atlas Solar é a primeira entrega de uma série prevista como fruto dessa articulação. Dados do Atlas mostram uma capacidade instalável da ordem de 56 GW, no Amapá. A produção anual de energia com o uso de menos de 1% do território do estado chegaria a 87 GWh e seria capaz de ultrapassar em mais de duas vezes o consumo energético total registrado na região Norte. Em um cenário de expansão da geração solar, os estudos sugerem um potencial de 426 TWh (terawatts-hora), aproximadamente 3 vezes a demanda de energia elétrica de São Paulo, a maior cidade do Brasil.

De acordo com o diretor do SENAI-RN e do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis, Rodrigo Mello, hoje, em um cenário em que produção, transmissão e distribuição de energia no âmbito local ainda são apontados como desafiadores e as faltas de energia são constantes, o Amapá possui capacidade instalada de 1,0 GW, o que equivale a 0,49% da existente no Brasil. Da capacidade total do estado, 96,74% são oriundos de hidrelétricas e pequenas centrais hidroelétricas, atualmente. Outros 2,85% são produzidos em termelétricas e apenas 0,41% são provenientes de usinas fotovoltaicas.

O Atlas Solar conta com uma equipe responsável pelo levantamento e análise de dados composta por aproximadamente 30 pesquisadores e técnicos do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis. Cinco estações solarimétricas, compostas por sensores de radiação solar, pressão atmosférica, precipitação, temperatura e umidade, além de sensores de velocidade e direção do vento, foram utilizadas no estado para a realização dos estudos.

As estações foram instaladas pelo ISI-ER em áreas disponibilizadas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (IFAP), pelo SESI/SENAI – CFP Santana, pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pelo SESC-Laranjal. Para a execução do trabalho, o Instituto SENAI também contou com a colaboração de pesquisadores do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá.