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O consumo nacional de energia elétrica foi de 44.803 GWh em julho de 2024, alta de 6,6% comparado a julho de 2023. Os dados foram publicados nesta sexta-feira, 30 de agosto, pela Empresa de Pesquisa Energética na Resenha Mensal. O consumo acumulado nos últimos 12 meses foi de 553.648 GWh, alta de 7,1% na comparação com igual período anterior.

A indústria lidera a alta com crescimento de 6,8%. Nessa classe de consumo foram 16.769 GWh, o maior volume de toda a série histórica. Essa é, segundo a EPE, a maior taxa de crescimento mensal desde agosto de 2021.

A expansão industrial é verificada em todas as regiões geográficas do Brasil. No Centro-Oeste ficou em 13,7%, Nordeste com 10%, no Sul alcançou 7,1%, Norte em 5,6% e no Sudeste alta de 5,3%. A alta alcança 29 dos 37 setores monitorados.

Todos os dez setores mais eletrointensivos expandiram o consumo no período, com destaque para: metalurgia (242 GWh e 5,9%), puxada pela produção de alumínio primário e siderúrgica em julho. Em extração de minerais metálicos foi de 122 GWh, ou 10,6%. Os estados de Minas Gerais e Espirito Santo responderam sozinhos por três quartos de toda a expansão; produtos químicos (119 GWh ou 8%), onde mais da metade da expansão do consumo de eletricidade observado se refere à efeito base baixa de comparação com julho de 2023, devido uma parada de manutenção de um grande consumidor do setor, que reduziu o consumo naquele mês.

O consumo de eletricidade nas residências foi de 13.374 GWh em julho de 2024, nível 6,3% maior ante o mesmo mês de 2023. Na análise da EPE, as condições climáticas de chuvas em volume menor e temperaturas acima da média contribuíram para aumentar a demanda de eletricidade voltada para climatização. A elevação do número de consumidores residenciais e a melhora das condições de emprego e renda no país também são apontados como fatores que colaboraram para a alta do consumo no mês.

Nessa classe, também houve alta em todas as regiões. Destaque para o Norte (10,3%), Centro-Oeste (8%), Nordeste (7,1%), Sudeste (5,3%) e Sul (5%). Entre os estados, dez apresentaram taxas de expansão na ordem de dois dígitos. Os maiores destaques foram: Paraíba (24,2%), Espírito Santo (20,3%), Roraima (17,7%), Mato Grosso do Sul e Rondônia (+15,6%).

Já o consumo da classe comercial subiu 6,1% em julho desse ano frente a julho do ano anterior, totalizando 7.742 GWh. O crescimento do setor de comércio e serviços e o clima mais quente e seco em grande parte do país influenciaram o resultado.

Quanto ao ambiente de contratação, o mercado livre, com 19.740 GWh, respondeu por 44,1% do total em julho, crescimento de 12,6% no consumo e de 34,2% no número de consumidores, na comparação com julho de 2023. O Centro-Oeste foi a região que mais expandiu o consumo em 20,6% e o Nordeste foi a que mais expandiu o número de consumidores livres em 59,9%.

Segundo a EPE, a expansão do número de consumidores livres está em linha com as migrações previstas para 2024 pela ANEEL, após Portaria 50/2022 do MME. Já o mercado regulado, com 25.062 GWh, respondeu por 55,9% do consumo nacional em julho, alta de 2,4%. O número de unidades consumidoras aumentou 1% no período, apesar da migração de consumidores para o mercado livre. No ACR o Centro-Oeste registrou a maior expansão do consumo (7,2%), enquanto o Norte teve a maior expansão do número de consumidores cativos (4,1%).

As inundações no Rio Grande do Sul e o impacto sobre o consumo de energia elétrica no estado continuam afetando as estatísticas de consumo. Por lá houve alta de 1,2% em julho, porém a alta é inferior à registrada pelos outros estados da região, analisa a EPE. A classe comercial retrai 4,6%, enquanto a residencial expande 4,9%, porém menos que o observado em junho. As temperaturas inferiores em julho de 2024 contribuem para os resultados. Já o consumo industrial apresentou alta de 3,6% e volta a crescer após retração em maio e junho. Cinco dos dez setores mais eletrointensivos cresceram no RS, com destaque para o setor metalúrgico.