Chint Power cresce no Brasil e aposta no mercado de armazenamento

A Chint Power do Brasil já registrou um crescimento de 460% em 2024 comparado ao mesmo período do ano de 2023. Segundo a diretora executiva LATAM da companhia, Raquel Zhou, eles começaram um pouco mais tarde aqui no país quando comparado aos outros fabricantes, porém estão crescendo bem rápido. “O crescimento foi rápido devido toda a construção que fizemos por aqui, com as equipes locais, escritório, investimentos e um centro de serviço local também”, disse.

Ela revelou à Agência CanalEnergia que eles estão investindo ano após ano aqui no Brasil, porém não revelou os números. “Abrimos uma filial aqui no país o ano passado e estamos crescendo, tanto em infraestrutura, pois inauguramos um galpão de 1.400 metros só para nossos centros de serviço e alguns equipamentos”, disse. De acordo com a executiva, só no galpão, que fica localizado em Guarulhos, São Paulo, eles investiram cerca de R$ 5 milhões e ele serve com um service center para a companhia, que segundo ela é um dos mais equipados do Brasil.

Com relação a diferença dos mercados ao redor do mundo, Raquel afirmou que a diferença é grande e cada país trabalha de um jeito. “Por exemplo, nos Estados Unidos, eles não têm um sistema muito completo de distribuição igual ao Brasil. Aqui no Brasil, temos focado bastante no distribuidor, ele é nossa entrada para o mercado e estamos abrindo o mapa do Brasil. Temos uma atuação muito boa no sul e atualmente estamos entrando no mercado do norte e nordeste”, ressaltou.

Armazenamento

Raquel destacou que a energia renovável tem ganhado cada vez mais espaço, principalmente a fonte solar. “Toda essa geração depende do sol, então ele gera energia durante o dia e para você conseguir ter um balanço de oferta e demanda é um desafio para os concessionários, mas nesse cenário está se transformando com muitos países começando a trabalhar com armazenamento, porque ele entra no sistema e consegue regular as ofertas e demandas dependendo do horário. Então, isso é uma nova tendência em muitos países”, destacou.

Ela também citou que na China para você instalar um sistema, uma usina de solar grande, é obrigatório ter uma certa porcentagem de armazenamento e componentes juntos. Já em outros países, como na Europa, Raquel afirmou que tem avançado muito com o modelo híbrido. “Aqui no Brasil tem muitos projetos de armazenamento que já estão saindo”, disse.

E de olho nesse mercado, a companhia, que participou da Intersolar 2024, lançou uma gama diversificada de inversores e outros produtos. Entre os destaques, soluções de bateria com capacidade variável, otimizadas para diversos cenários, capazes de decidir entre utilizar energia armazenada ou recarregar a bateria.

Já entre os equipamentos de grande porte, inversores de 333 e 350 kW, soluções de Grid Zero para múltiplos inversores e Skid. Já para projetos menores, a Chint Power apresentou o inversor de 37,5 kW (220V) e o inversor híbrido com banco de baterias, disponíveis para soluções monofásicas ou trifásicas.