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Um estudo realizado pela Simple Energy revela que o valor do Encargo de Serviços do Sistema (ESS) pode passar de R$ 55,7 milhões em junho para cerca de R$ 436,5 milhões em agosto, o que representaria um salto de 683,5%. Com a menor disponibilidade de recursos hídricos para o atendimento à demanda de energia elétrica no horário de ponta, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) vem antecipando cada vez mais o acionamento de termelétricas, inclusive a carvão.

Segundo o levantamento, a estimativa da variação percentual implica que um consumidor que pagou R$ 1,10/MWh de ESS em junho verá esse valor saltar para cerca de R$ 9,00/MWh em agosto. A medida, em grande parte devido a razões elétricas e ao Unit Commitment, que envolve UTEs que permanecem em operação por conta de seu tempo de rampa, afeta todos os usuários de energia elétrica, com impacto imediato para aqueles do mercado livre.

Boa parte desse acionamento ocorreu para atender às demandas do sistema, em função de uma geração eólica muito baixa e uma carga elevada, tanto em julho quanto agosto. De acordo com os dados, apenas a usina Porto do Pecém gerou cerca de R$ 50 milhões em encargos em agosto.

A última vez que o ESS atingiu valores tão altos foi em dezembro de 2023, como é possível ver no gráfico acima. Naquela época, o ONS despachou mais energia das UTEs por conta de ondas de calor que fizeram disparar o consumo de energia, pincipalmente no horário de ponta. Segundo a meteorologia, no Brasil, a temperatura pode atingir níveis recordes em setembro deste ano, registrando mais de 40ºC em alguns estados.

Para a Simple Energy, é crucial que os consumidores livres considerem esse cenário de aumento de encargos em seu planejamento, evitando surpresas desagradáveis. Pensando nisso, a comercializadora e gestora criou uma ferramenta, chamada Encargômetro, que acompanha mensalmente os encargos setoriais, proporcionando um maior entendimento sobre a formação do ESS e do EER (Encargo de Energia de Reserva), o que contribui para a projeção e previsibilidade dessas despesas.

O ESS é cobrado sempre que há um déficit financeiro entre os custos de geração de determinado grupo de usinas e a receita auferidas para cobrir essas despesas. O maior acionamento de térmicas pelo ONS faz disparar os custos do ESS, uma vez que o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) é insuficiente para cobrir todos os custos de geração.