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O potencial de eficiência energética do parque de iluminação pública no Brasil é de 25,6%, considerando a substituição total das luminárias por lâmpadas de LED com eficácia luminosa um pouco acima do valor mínimo aceito pelo Procel, que é de 110 lumens por Watt. A economia pode chegar, no entanto, a 55%, caso seja adotada uma tecnologia LED mais recente, com 200 LM/W.

O cálculo é da Associação Brasileira das Concessionárias de Iluminação Pública (Abcip), que estima uma redução no consumo atual de energia de 13.488,97 GWh para 10.030,76 GWh, considerando a troca por lâmpadas com 115 LM/W. A eficiência dessa lâmpada é bem maior que a do segundo modelo mais eficiente, que é o de vapor de sódio com 80 LM/W.

A Abcip lançou na última quarta-feira (11/09) o Censo da Iluminação Pública no Brasil – Base 2023, elaborado a partir das bases de dados das distribuidoras (BDGD) disponíveis na Agência Nacional de Energia Elétrica.

A estimativa é de que parque brasileiro tenha pouco mais de 22 milhões pontos de iluminação, podendo variar entre 20,2 milhões e 24,8 milhões. Os pontos instalados nas redes das distribuidoras somam em torno de 19,4 milhões, enquanto outros 2,7 milhões são pontos de iluminação ornamental.

O censo também detalha os  pontos de iluminação publica por tipo de luminária, com predominância da lâmpadas a vapor de sódio (59%) com 11,4 milhões de um total de 19,4 milhões. A iluminação de LED, responde por 19,6%, com aproximadamente 3,8 milhões de pontos.

O maior consumo é da Região Sudeste, com 5.565,69 GWh (38,43%%); seguida do Nordeste, com 3.676,031 GWh (24,3%); do Sul, com 2.613,39 GWh (18,05%); do Centro-Oeste, com 1.672,87 GWh (11,55%) e  do Norte, com 954,185 GWh (6,59%). A soma total é de 14.482,18GWh, incluída a iluminação ornamental, que está fora dos pontos da rede de distribuição.

Emissões

Além da eficiência, a associação mediu o potencial de redução das emissões de gás carbônico, aplicando sobre a redução do consumo o fator de emissão de CO2 para a geração de energia elétrica no Brasil em 2023, que é de 38,5 tCO2/GWh. E concluiu que em ambos os cenários de utilização de 100% de lâmpadas de LED haveria uma queda de 36% nas emissões, com possibilidade de atingir 62%, somada à utilização de sistemas de telegestão e monitoramento.

A entidade que representa as concessionárias de IP alerta que a falta de dados precisos sobre o número e a localização dos pontos de iluminação nos municípios representa um desafio significativo. Ele também prejudica a elaboração de políticas públicas eficientes e a otimização do consumo energético, dificulta o planejamento e a implementação de melhorias na infraestrutura.