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O governo federal deverá realizar um leilão dedicado à contratação de baterias e sistemas de armazenamento. Nos próximos dias o Ministério de Minas e Energia prevê publicar a consulta pública dedicada a receber as contribuições dos interessados no assunto. O ministro Alexandre Silveira não cravou uma data para a realização deste certame que deverá ficar para 2025.
A ideia é a de iniciar com uma contratação que não deve ser elevada até porque não há regulação sobre o tema. A meta com essa ação, disse ele, é impulsionar a tecnologia de baterias e atrair a os fornecedores ao Brasil e no longo prazo, fazer com que as intermitentes sejam cada vez mais acondicionadas nesses dispositivos. Contudo, ele descartou realizar o certame de forma atropelada.
Assim, a perspectiva após discussões acerca do leilão de capacidade que poderia colocar eólica e solar no certame fica mais afastada. Em evento realizado na zona sul de São Paulo, Alexandre Silveira disse que o leilão de capacidade é importante e ocorrerá ainda este ano, apesar do prazo que é considerado exíguo pelo mercado.
A necessidade do Brasil é de potência, disse o ministro, “Vamos fazer o leilão de capacidade ainda esse ano e vamos fazer um leilão de baterias, no próximos dias soltaremos a consulta pública que se for produtiva poderemos soltar as regras do leilão ainda esse ano”, afirmou ele a jornalistas.
No curto prazo, Silveira diz que o atendimento da demanda em 2025 preocupa, mas diz que essa preocupação é constante e que o planejamento está de olho. Diz ser realista e por ter esse posicionamento não pode, em nenhum momento, negligenciar o planejamento. Segundo ele, o planejamento do certame de capacidade está olhando para o ano que vem, para o parque térmico existente. Pois, a questão é que mesmo não querendo despachar térmicas, pode ser necessário para manter o nível de reservatórios. “Diante do cenário climático atual devemos ter cuidado com os próximos anos”, apontou.
Como as distribuidoras estão equilibradas, disse que não há necessidade de que o país realize leilões de energia nova. Apesar de ter lançado a consulta pública para um LEN em 2025, a informação atual é de que as concessionárias estão equilibradas, nem sobrecontratadas, nem com falta de energia. A questão é o atendimento à potência instantânea e assim garantir segurança energética no país. “Há indicação de que precisamos dobrar o parque térmico até 2031, hoje temos 20 GW. Tivemos consumo de 105 GW esse ano ante uma média de 85 GW e isso mostra a necessidade cada vez maior de energia no horário de ponta”, acrescentou.
O MME ainda trabalha em um plano de contingências com medidas que vão além do horário de verão, assunto levantado pelo MME na última quarta-feira, 11. Silveira disse que há outras medidas e citou que há um levantamento de térmicas merchant, da Petrobras e outras do setor privado, as fontes que estão disponíveis. “A segurança energética este ano está garantida e a modicidade. Como governo olhamos o planejamento de curto prazo para atender a demanda, mas no longo prazo devemos olhar para a sustentabilidade”, concluiu ele, citando que o governo também deveria avaliar a regra de contratação total de gás por térmicas que eventualmente participam de leilões.