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O gás natural pode ser a segunda maior fonte energética da matriz energética global no cenário NetZero 2050, segundo o último estudo publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O levantamento aponta o insumo como fundamental para acelerar a integração com fontes renováveis intermitentes como eólica e solar, impulsionar novas tecnologias vide o hidrogênio de baixo carbono e o biometano, além de reduzir emissões com captura e armazenamento de CO2.

O energético aparece empatado na projeção com as renováveis complementares (27%), superando o petróleo, carvão, energia nuclear e hidrelétrica. Atualmente o setor industrial demanda 63% do insumo, seguido pela geração de energia elétrica e transportes. No consumo elétrico, a perspectiva indica um crescimento de 58% no uso do combustível até 2050, impulsionado pela substituição do carvão nas termelétricas.

Sobre a oferta, a pesquisa mostra as concentrações acontecendo no Oriente Médio, Eurásia e América do Norte, combinando segurança energética, baixa emissão e menor preço. E que no médio prazo, o aumento da produção será impulsionado para apoiar a demanda de Gás Natural Liquefeito e a descarbonização de setores de difícil abatimento.

A oferta poderá ainda crescer para satisfazer a demanda de países em desenvolvimento que talvez precisem prolongar seus consumos de gás em caso de não cumprimento de suas metas de transição. Estimativas do International Gas Union apontam Estados Unidos, Rússia, Canadá, Austrália e China como os cinco países do G20 com maior oferta do combustível até 2050.

Brasil

O Brasil pode avançar com o Programa Gás para Empregar e estímulo ao biometano, como para abastecer 10% da frota de veículos no país até 2030, segundo projeção da Abiogás. Por fim, o estudo ressalta a importância no consenso sobre a evolução dos diferentes setores e segmentos.

Mais 52 MM m³/d de gás serão adicionados à oferta nacional até 2030 125 MMm³/d em capacidade de importação de GN (FGV)

Já em uma carta assinada pela FGV, Abegás, Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), International Gas Union (IGU) e Fórum do Gás, foi pedido que a coordenação brasileira do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20 sublinhe não haver solução única para todos os países. E que cada um deve considerar suas particularidades em termos de recursos disponíveis, desenvolvimento tecnológico, infraestrutura, capacidade de investimentos e condições sociais.

Além de potenciais benefícios já citados, como descarbonização de indústrias e resiliência e segurança ao sistema elétrico, a nota enviada ao Ministro de Minas e Energia destaca o papel e trunfos do gás nas substituições ao diesel; capilaridade da infraestrutura; matéria-prima para produção de fertilizantes; e o viés social no atendimento a necessidades energéticas básicas e construção da adaptação das sociedades e economias em tempos de mudanças climáticas, sendo parte de um planejamento para a erradicação da pobreza energética.