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A primavera de 2024, que começará no próximo dia 22 de setembro, às 9h44, será benéfica para o sistema elétrico, com chuvas nos meses de outubro e novembro, mas seus efeitos positivos serão lentamente percebidos, por conta da falta de chuva nos últimos meses. Em apresentação a jornalistas nessa quinta-feira, 19 de setembro, o sócio-diretor da Nottus Alexandre Nascimento destacou que a ‘estação das flores’ marca o retorno das chuvas na maior parte do país e que elas devem aparecer na primeira quinzena e se intensificar durante os últimos 15 dias de outubro.

Durante a apresentação, Nascimento lembrou que a falta de chuvas não chega a ser problemática, mas sim a suas ausências bem antes disso. Ele descreveu um processo de chuvas primaveris da normalidade, em que a umidade começa se movimentar em setembro, ao longo de outubro ocupa a região central do país e o período úmido se estabelece em novembro, culminando em dezembro com vazões significativas e um provável início de recuperação dos reservatórios. “É esse o processo que a gente está esperando para os próximos três meses”, avisa.

Nascimento também falou sobre o fenômeno La Niña, que tem 81% de probabilidade de ocorrer no período entre outubro, novembro e dezembro. Segundo ele, a indicação é que o fenômeno seja fraco. O inverno, que está chegando ao fim, se caracterizou por ter sido mais seco que a normalidade, sem chuvas na maior parte do SIN.

A previsão feita em abril, que o fenômeno chegaria sem a característica do atraso do período úmido, de certa forma ainda se mantem, segundo Nascimento. As chuvas devem entrar com atraso de no máximo 15 dias.

Para o mês de outubro, o modelo europeu prevê um avanço gradual da umidade pelo sudeste Centro-Oeste, com maiores acumulados na região Sul. No fim do mês, a chuvas devem alcançar o Nordeste e o Norte. Em novembro, a expectativa é da formação gradual de um corredor de umidade ao longo do eixo Sudeste-Norte. Já para dezembro, a estimativa é que novembro se repita, com a concentração no Sudeste / Centro-Oeste.

As chuvas intensas, que assolaram metrópoles como São Paulo no ano passado, podem se repetir. Para Nascimento, a atmosfera tem estado muito quente e o aumento das frentes frias trará esse contraste que gera instabilidade. “Na hora que esse corredor de umidade encontrar essa atmosfera extremamente quente, e uma frente fria se deslocando, tem risco [de acontecer]“, avisa.

Outro ponto ressaltado pelo sócio da Nottus é que a temperatura na Primavera deverá ser mais amena. A melhora virá por conta da chegada das chuvas.

Sobre a safra dos ventos, a primavera trará boas condições para a eólicas. O Nordeste será destaque, se valendo dos ventos originados pelos sistemas de alta pressão. As usinas solares também terão boa produção até que o avanço das chuvas e o aumento da cobertura de nuvens reduzam a incidência de radiação solar.