Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

A Green Yellow tem ainda cerca de 50 MWp em projetos classificados como GD 1 para construir no Brasil. A previsão é de que esses projetos estejam prontos até meados do ano que vem. A empresa diz que GD 2 e GD 3 ainda não são viáveis do ponto de vista econômico. Para manter o nível de investimentos por aqui, que é da ordem de R$ 400 milhões a empresa está de olho em novos mercados como armazenamento de energia e carregamento de veículos elétricos.

Segundo as projeções da empresa, esse volume de projetos deverá ficar pronto até meados do ano que vem. Apesar da curva decrescente de preços dos equipamentos nos últimos meses é necessário verificar como é que ficará a taxa de juros básica da economia, a Selic, que essa semana voltou a aumentar. O presidente global da GreenYellow, Otmane Hajji, disse que essa variável influencia muito a viabilidade econômica dos projetos, mas afirma que uma hora a conta vai fechar.

“Depende muito da dinâmica do mercado. A perspectiva é de que o custo da energia vai aumentar enquanto os preços dos equipamentos recuam. As baterias tiveram queda no preço entre 2020 e 2024 que alcançou 50%, tudo faz parte de uma equação, mas é questão de tempo para se tornar viável a GD 2 ou GD3 combinada à bateria em um sistema que evitaria o custo de transmissão”, disse o executivo francês.

Hajji destaca quatro pontos que devem ser observados no mercado brasileiro em relação à expansão para empresas no exterior. Uma delas é a taxa de câmbio, a taxa de juros que dificulta e torna mais caro o financiamento e a elevada variação dos preços da energia no país dependendo do período do ano, alto quando está no período seco como agora e baixo quando há muitas chuvas. Outro fator ressaltado é o risco jurídico que existe, mas lembra que esse é um ponto a ser considerado em diversos países.

Em sua avaliação, há medidas que poderiam ser tomadas por aqui que ajudariam a acelerar a transição energética e a geração descentralizada dentro da cidade. Ele citou duas leis na França como exemplos práticos. Um é a obrigatoriedade dos estacionamentos a terem vagas cobertas com placas solares para a geração distribuída. Por lá, áreas com mais de 1.500 m² são obrigados a ter cobertura parcial com placas solares. O prazo para implantação é até 2028. Outro caminho é a introdução de regras de eficiência energética que passarão a valer até 2030.

Ele diz que o Brasil possui um grande potencial de geração mesmo sem as regras. Até por isso o país é um dos principais da Green Yellow no mundo. Somente o país é responsável por 20% da receita da companhia. E a tendência é e manter sua relevância para a companhia que atua ainda em diversos países na Europa e na Ásia.

Marcelo Xavier, presidente da GY no Brasil, diz que o país poderia adotar uma regra na qual a construção de telhados de grande porte já fossem feitos prevendo a instalação de painéis. Mas isso não acontece porque a maioria dos novos galpões logísticos são feitos para aluguel e o proprietário não se preocupa com essas questões, pois a conta de luz, quem paga é o inquilino ou condômino, quando o ativo está em um condomínio industrial. Essa medida, comentou ele, é de alçada municipal.

Hajji comentou que o Brasil continua sendo bastante importante para a companhia devido seu papel na transição energética. Disse que os investimentos continuarão sendo feitos e podem até mesmo aumentar de volume com a aceleração de medidas que eventualmente sejam tomadas no sentido de avançar mais na descarbonização da matriz.