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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o horário de verão, se adotado só passará a valer depois das eleições deste ano. A decisão não foi tomada ainda mas trata-se de uma medida de governo e precisaria ter o aval do presidente da República por meio da publicação de um decreto com prazo de 30 dias para ser adotado. Não há um período ou data definidos para o término da medida que foi sinalizada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico como uma ação viável.

“O ONS deu o indicativo de que é prudente e viável o retorno do horário de verão, mas é apenas um indicativo, caso tivesse o risco energético, claro, declararíamos o retorno imediato, mas considerando tudo que eu pude ouvir das áreas e vinculados, saio daqui com um documento importante, mas como ele, na minha visão, tem impacto na vida dos brasileiros e todos os setores do país, é preciso avaliar todas as questões”, apontou Silveira em coletiva concedida no Rio de Janeiro.

Com a adoção do horário de verão, a previsão é que se tenha uma economia média de R$ 400 milhões, visto que a geração de energia renovável ganha mais 1 hora para produção, evitando o acionamento antecipado das usinas térmicas ao volume de 2,5 GW. A previsão, segundo o ministro, é que a decisão sobre a retomada ou não do horário de verão deve acontecer nos próximos 10 dias e de forma definitiva, no entanto, ele destacou que pretende buscar outras alternativas que talvez não tenham sido colocadas na mesa, mas que aumentem a resiliência do sistema elétrico.

Silveira presidiu nesta quinta-feira, 19 de setembro, a reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico que aconteceu na sede do ONS. Estiveram presentes além do  operador o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) para avaliar as medidas necessárias diante do cenário de crise hídrica que o país está enfrentando. Denominado como Plano de Contingência para Atendimento do Setor Elétrico, o operador recomendou o retorno do horário de verão, que foi extinto em abril de 2019.

Durante esse encontro, que contou com a presença do presidente do TCU, Bruno Dantas, o Cemaden apresentou que o cenário atual é o de menor nível pluviométrico já registrado pelo centro de monitoramento desde 1950. Segundo o centro meteorológico, o quadro para as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte é que não ocorram chuvas relevantes nos próximos 15 dias, no entanto, os reservatórios estão trabalhando com 55% do seu nível, garantindo assim a segurança energética do país.

Silveira afirmou novamente que o planejamento e as medidas adotas pelo CMSE foram fundamentais para garantir a segurança energética e descartou risco de racionamento de energia no Brasil. “Hoje não temos problemas de geração de energia, mas em um determinado momento do dia, entre 18h e 21h, é preciso despachar quase a totalidade do parque térmico. Temos que considerar esse momento sob 2 aspectos, economia do consumidor e segurança e confiabilidade do sistema”, disse.