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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, conta com a realização do leilão de reserva de capacidade ainda este ano. Em conversa a jornalistas após a cerimônia de abertura da ROG.E (novo nome da Rio Oil & Gás), ele revelou que o certame está em fase final de modelagem da perspectiva ideal das fontes que ele admitiria, considerando a transição energética e o parque térmico. “É necessário que se faça nos próximos meses o leilão de capacidade”, afirma.
O leilão ainda não teve seu edital divulgado, o que tem alimentado rumores sobre a sua realização. Na última semana, em teleconferência com investidores, a Copel vislumbrou o leilão de capacidade para o próximo ano, já que por estarmos quase em outubro, poderia não haver tempo hábil aos trâmites necessários para a realização.
Silveira reforçou que não há nenhum problema de segurança energética no sistema, apesar da severa crise hídrica. Segundo ele, o conforto na situação vem por iniciativas do planejamento do CMSE, que determinou ações como a alteração nas vazões das UHEs Jupiá e Porto Primavera, que aumentou as capacidade dos reservatórios em 11%. “Permitiu chegarmos agora na pior seca dos últimos 90 anos. Mesmo assim mantivemos a segurança energética nacional”, explica.
Horário de Verão
Sobre a possível volta do horário de verão – que está em avaliação – o ministro revelou que as discussões com o governo continuam e são transversais. Segundo ele, todas as ferramentas voltadas para mitigar aumentos na tarifa serão usadas, uma vez que o país voltou a produzir políticas públicas.
Na última quinta-feira, 19, em reunião extraordinária do CMSE, no Rio de Janeior (RJ), o Operador Nacional do Sistema Elétrico recomendou a volta do horário de verão. A medida depende de aval do presidente da república e precisaria de um decreto com prazo de 30 dias para se adotado. Haveria uma economia de R$ 400 milhões, já que a geração renovável ganharia mais uma hora de produção. Mas caso a volta seja decidida, seria apenas depois das eleições.
Silveira disse ainda que o afastamento do risco energético permite que a discussão transversal aconteça de maneira tranquila. “É uma medida que mexe com a vidas de todos os brasileiros, há que se haver serenidade”, aponta.