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O ano de 2024 tem sido marcado por uma intensa atividade de fusões e aquisições no segmento de energia elétrica no Brasil. Dados da consultoria KPMG no consolidado do primeiro semestre apontam que esse poderá ser o mais agitado da série histórica que começou a ser medida em 2005. Somando todas as categorias segregadas pela consultoria, foram 16 operações no segundo trimestre do ano e 34 acordos assinados e divulgados de janeiro ao final de junho.

A maior parte das operações estão concentradas entre empresas brasileiras do setor elétrico, com 24 transações. Segundo Paulo Guilherme Coimbra, sócio da KPMG, essa classificação ocorre porque na metodologia aplicada a empresa considera que uma organização que está em operação no país, mesmo com capital de origem externa, e compra uma operação ou parte de um projeto, por exemplo, representa uma operação doméstica.

O executivo exemplificou com o caso da Auren que anunciou em maio a compra da AES Brasil. Ambas tem parte de seu controle fora do país, no caso da Auren é compartilhado com os canadenses do CPPI e a AES Brasil com a AES Corporation. “Como ambas têm operações no Brasil, nossa pesquisa classifica como uma operação doméstica”, detalhou ele. “Esse ano tem sido bastante forte, mesmo sem IPOs na B3”, observa ele.

Tanto que ele lembra que as operações no primeiro semestre houve o volume mais elevado de transações desde que a KPMG começou a organizar esse levantamento, 20 anos atrás. Quando começaram a olhar para esse indicador, lembra Coimbra, as operações eram majoritariamente internacionais, pois estava ocorrendo privatizações e empresas iniciado as operações por aqui.

Agora o mercado continua aquecido, mas essas empresas usam suas operações no país como uma plataforma de investimentos até porque o Brasil tem um potencial grande de crescimento ainda mais com o advento da transição energética.

“Assumindo que esse ano tivemos o recorde de operações no trimestre, a expectativa é de que o volume do ano passado seja superado, as eleições municipais não têm impacto porque essa é uma atividade regulada em nível federal”, destacou ele.

Nos 20 anos de pesquisa a KPMG relata 806 operações de fusões e aquisições entre empresas de energia elétrica. No ano passado inteiro foram 51 transações, em 2022 somou 54, 2021 foram 61 e em 2020 foram reportadas 56 acordos. No total de todas os segmentos verificados, foram 776 operações no primeiro semestre e 18.255 transações em duas décadas.