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A diversidade das energias renováveis e suas aplicações são questões cada dia mais debatidas para tentar reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Além do hidrogênio verde, que se tornou uma grande promessa no mercado, o biogás também caminha para conquistar seu espaço nas gerações renováveis. Até o momento, o biogás corresponde a 1,25% de oferta de energia. O biometano, que é gerado a partir do biogás, conta atualmente com 7 plantas autorizadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O biogás abre as portas para uma fonte que já existe, e vai continuar existindo, mas é preciso buscar o diferencial competitivo dele. Segundo Talyta Viana, Coordenadora Técnica Regulatória da Abiogás, que participou do primeiro dia da ROG.E (novo nome da Rio Oil & Gás), que acontece nesta segunda-feira, 23 de setembro, é preciso tratar uma questão ambiental, e o biogás, apesar de toda possibilidade de crescimento, ainda está caminhando se comparado com a geração de outras energias renováveis. “A produção média diária de biometano é de 120 milhões de metros cúbicos por dia, a princípio é grande, mas se torna muito pequeno diante do potencial que o biometano tem em nosso país”, apontou.

Com possibilidade de armazenamento e produção 24h por dia, o biometano, gerado a partir do biogás, se torna um combustível sustentável, com capacidade de redução de 90% de emissões em comparação com o biodiesel. Talyta destacou que medidas no âmbito federal, estadual, e municipal, é o que falta para alavancar o biogás na matriz elétrica e trazer maior segurança energética. “A questão não é quão renovável ele é, mas quão segura é a fonte para utilizar em serviços ancilares. Agora é preciso avançar para o certificado de origem do biometano, que também pode e deve ser usado para descarbonização de frotas de caminhões e ônibus. É preciso regulamentar esse assunto”, disse.

Para que o país alcance as metas de net zero até 2050, é preciso triplicar o potencial renovável por ano, apontou Matheus Noronha, Head of Offshore Wind Energy da Abeeólica. “Realizar a transição energética é visto por muitos como caro. Investir em hidrogênio verde é caro, investir na eólica off shore é caro, mas o preço que será pago no futuro pode ser ainda mais caro”, destacou.

Noronha falou ainda que é preciso discutir a aprovação do marco regulatório das eólicas off shore agora, assim como o mercado de carbono, pois eles são vetores da transição, e caso não sejam aprovados, será fechada uma janela. “Os projetos de lei precisam ser debatidos com mais profundidade, caso contrário, não conseguiremos fazer essa transição se esses marcos regulatórios não forem vistos agora.”

“A urgência do marco regulatório hoje é necessário para o planejamento de investimentos. Se aprovado hoje, a construção de um projeto renovável só será iniciado, por exemplo, em 2028 e sua produção ainda mais à frente. Por isso a necessidade da urgência.”, encerrou Fernanda Delgado, Diretora Executiva da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV).