Migrações ao ACL batem recorde com 2.553 unidades, aponta CCEE

O mês de agosto registrou o novo recorde mensal de migrações ao mercado livre de energia. Foram 2.533 novos consumidores que chegaram ao ACL, volume três vezes maior do que o verificado no mesmo mês de 2023. Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, desde janeiro, o segmento ultrapassou a marca das 16 mil migrações, um recorde absoluto, que já supera em duas vezes os resultados do ano passado inteiro.

Segundo dados da câmara, o perfil dessas migrações no ano são caracterizadas por empresas de comércio e serviços que, juntas, representam quase 8 mil consumidores. A maior parte dessas mudanças estão no estado de São Paulo com quase 5,3 mil unidades. Para efeitos de comparação, o segundo colocado do ranking é o Rio Grande do Sul com 1.655 unidades que optaram pelo ambiente livre.

A CCEE relata que 72,6% dos novos entrantes no ambiente livre são pequenas e médias empresas, como padarias, supermercados, farmácias e escritórios, que aderiram a um modelo de contrato varejista. No ramo de Serviços, destaque para os segmentos de condomínios prediais (479 migrações) e hotéis e similares (450). No comércio, os supermercados (1.248) e os postos de combustíveis (619) lideram o ranking. Já dentro da indústria de manufaturados diversos, tiveram maior relevância para os resultados a fabricação de embalagens plásticas (396) e de outros artefatos de material plástico (203).

A região Sudeste lidera o ranking migrações ao mercado livre, seguida pelo Sul e pelo Nordeste. Os estados do Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina, Pernambuco, Ceará e Goiás são as demais geografias que completam os 10 que mais migraram em 2024.

A Câmara lidera um movimento que tem como principal objetivo tornar as operações de cadastro e gestão de contratos no mercado livre mais fácil e eficiente para todos os envolvidos, o que beneficia diretamente o consumidor. A organização iniciará, ainda em setembro, a fase de testes para um novo modelo de troca de informações entre distribuidoras, comercializações e a própria CCEE, inovação que irá revolucionar o setor e preparar o terreno para a abertura integral do ambiente livre, quando este avanço for possibilitado pela regulação.