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O caderno do Gás Natural no Plano Decenal de Energia já foi entregue pela Empresa de Pesquisa Energética ao Ministério de Minas e Energia. O documento traz uma abordagem do combustível frente a transição energética. Durante painel, realizado na última segunda-feira, 23 de setembro, na ROG.e, no Rio de Janeiro (RJ), a diretora de Gás Natural da EPE, Heloísa Borges, revelou que a transição será tratada no PDE não apenas em um capítulo específico, mas que permeará todos os capítulos do plano.

De acordo com ela, os cenários abordados no PDE mostram o gás natural com uma relevância para prover a segurança energética em um sistema que cada vez é mais renovável. Esse panorama segue uma tendência que já vinha sendo indicada em estudos recentes. “Vemos um aumento da renovabilidade, mas começamos a ver esse papel do gás natural de trazer segurança para o sistema”, explica.

A diretora lembrou que a EPE sempre acreditou no potencial do gás no país e que a perspectiva é de grande crescimento na produção no fim da década. O desafio para esse energético está na transformação da produção bruta em líquida. “A EPE vem mostrando o papel do gás na descarbonização da indústria e transporte”, frisa.

O biometano, que vem ganhando cada vez mais espaço no mercado, aparece na oferta de biocombustíveis. Ainda segundo a diretora da EPE, é um energético que mais cresce. O presidente da EPE, Thiago Prado, reforçou ao CanalEnergia o papel do gás natural na transição energética e o crescimento do biometano. O combustível limpo pode ser usado tanto para fins energéticos como ara o setor de fertilizantes.

Durante o painel, a presidente da Associação Brasileira do Biogás, Renata Isfer, destacou que o biometano é um produto considerado ‘Premium’, por ser renovável. Segundo ela, após a aprovação do ‘Combustível do Futuro’, mais projetos deverão ser viabilizados. “Vai haver um verdadeiro boom daqui para a frente”, avisa.

Marcos Prudente, Gerente de Energia e Gás Natural da Gerdau, salientou que o custo de gás é desafio no Brasil, assim como a previsibilidade do energético. Segundo ele, o gás pode ser usado em altos-fornos, em lugar do carvão. A siderúrgica iniciou essa substituição em 2023, no Alto-Forno 3, no Espírito Santo.

Prudente destacou no painel que o setor de transporte é fundamental para a interiorização do gás no país. Para que se alcancem as metas dos acordos climáticos, as novas tecnologias deverão ganhar mais força, mas ponderou que a redução de carbono irá demandar mais investimentos.

Vinícius Malveze, Product Manager for Gas Trucks na Scania Latin America, vê o futuro como eclético no transporte. Para ele, o gás será uma solução de transição e a Scania desde 202 já tem veículos movidos a gás renovável.