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A primeira etapa da reversão do gasoduto Norte, na Argentina, deve ser concluída no dia 7 de outubro. O anúncio foi feito pelo Secretário de Energia argentino Eduardo Javier Rodríguez Chirillo, na ROG.E (novo nome da Rio Oil & Gás), nesta quarta-feira, 25 de setembro. A reversão irá substituir o gás que é importado pela Bolívia pelo da reserva de Vaca Muerta, abastecendo o mercado de Neuquén.

A reversão do gasoduto vai permitir novos negócios nesse mercado, como o transporte do insumo para a Bolívia, que depois poderá ser enviado ao Brasil. A primeira etapa vai permitir o transporte de 15 milhões de metros cúbicos/dia. Já a partir de abril, a capacidade aumenta para 19 MMm³/ dia e há uma perspectiva em dois anos que se alcancem 29 MMm³/dia.

De acordo com o secretário, a integração energética entre os dois países ainda não se deu por completo. Hoje, tem acontecido apenas por intercâmbio de energia. O país mudou a sua gestão do gás, visando reduzir ao máximo o risco país do setor, com a mínima intervenção do estado. Ainda de acordo com ele, hoje qualquer investimento estrangeiro ou nacional pode ter toda as ferramentas para ter o seu próprio modelo de investimento em valores, tempo e negociação.

Chirillo deu um panorama do setor energético argentino, em que está em curso uma mudança de modelo que vem como contraponto ao anterior, que era baseado em altas doses de subsídios nas tarifas de energia e apenas no abastecimento interno.

Segundo ele, as tarifas não refletiam mais o custo do abastecimento. Ao longo dos anos foram cerca de US$ 150 bilhões em subsídios. “O sistema energético argentino estava quase colapsando. Havia excessiva intervenção do estado”, observa.

O novo modelo visa a autossustentabilidade econômico e financeira do sistema e visa atrair investimentos. O secretário contou durante a sua apresentação que as tarifas já foram recompostas e a redução de subsídios trouxe um superávit de US$ 3,5 bilhões. “Foram dez meses difíceis, de muitas mudanças”, comenta.

Na próxima semanas, deverá ser assinado um memorando de entendimento entre os dois países. O documento vai abranger a infraestrutura, o transporte e interconexão internacional, importações emergenciais e temporais e o marcos regulatórios aplicáveis. Há uma área do governo específica para a transição energética. Cada setor ou empresa decidirá de que forma irá cumprir a sua meta de emissões.