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O nível dos reservatórios deste ano está em um patamar pouco abaixo do que foi registrado em 2022. Essa situação deixa o Operador Nacional do Sistema Elétrico confiante para o atendimento da demanda neste ano. A atenção do operador está centrada para o próximo período úmido que a depender do que for verificado poderá fazer com que os níveis para 2025 estejam mais próximos de um volume confortável como foi 2023 ou mais estressado como em 2021.

Essa é a avaliação de Christiano Vieira da Silva, diretor de Operações do ONS, que participou do VII Fórum Cogen, realizado na manhã desta quinta-feira, 26 de setembro, em São Paulo. “As chuvas deste ano foram muito fracas. E o que estamos fazendo é usando os reservatórios acumulados em 2023. E se o próximo período úmido vier mais fraco, temos mais pressão sobre os reservatórios em 2025. Se as chuvas forem na média teremos um cenário próximo ao que tivemos em 2022”, afirmou ele.

Hoje, disse o executivo, o ONS não olha para 2024, mas para a operação em 2025, reforçando que a questão do atendimento deste ano está equacionada. Desde agosto o operador tem buscado mais térmicas por conta do encerramento de cargas com CVU zero. Outra ação é a de segurar a água da UHE Tucuruí para economizar potência na 2ª casa de máquinas da usina paraense que será utilizada no bimestre outubro e novembro.

Segundo ele, o nível atual tem permitido o atendimento robusto e confiável da demanda. A questão tem sido a ponta da carga. Até por esse motivo, o ONS recomendou recentemente ao CMSE a retomada do horário de verão. O aumento da participação das renováveis pode proporcionar economia diante da extensão por uma hora no atendimento à ponta.

“Uma hora a mais de potência solar é uma contribuição interessante que é acrescentada ao despacho. O ideal seria até mesmo um horário de primavera e não de verão, porque nessa época é que vemos um período mais seco e necessitamos de mais atendimento e ponta”, explicou. “Enxergamos com o avança da matriz como o racional para o retorno do horário de verão”, sinalizou.

Walfrido Ávila, sócio da Tradener, aproveitou e completou que esse uso das renováveis acaba até mesmo reduzindo os volumes de constrained off. O executivo destacou que é importante não ‘jogar fora’ esses recursos solares que o país dispõe.

Inclusive, sobre o constrained off, o CEO da Thymos Energia, João Carlos Mello, ressalta que as baterias poderiam ajudar as geradores a reduzir essa perda ao implementar o dispositivo junto à produção e energia e fornecer quando fosse necessário ao sistema.

Aliás, até mesmo sobre esse tema o diretor do ONS destacou que o volume de cortes de energia, quando comparados à carga total não passa de 4% do total. “Claro que entendemos que a concentração em poucos agentes impacta o negócio desses empreendedores”, apontou. De acordo com dados do Operador, o volume de energia restrita em agosto somou 14,3% do total dos recursos eólicos e solares somados, a maior parte por confiabilidade. Em setembro do ano passado ficou em 12,6% concentrado em eólica. Em agosto de 2023 foi de 4,2%.

O tema queimadas mereceu um comentário do executivo porque o ONS tem registrado aumento da indisponibilidade de ativos de transmissão. Ele afirmou que as ocorrências em agosto ficaram acima da média, mas que a confiabilidade e robustez do sistema interligado permitiu que não houvesse a percepção de aumento desse risco de desligamentos. “Todo instante temos uma linha que fica indisponível por causa das queimadas, mas não há essa percepção porque o sistema consegue absorver”, constatou.