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O lote 1 que a Engie Brasil Energia arrematou no leilão de transmissão nesta sexta-feira, 27 de setembro, aproxima a companhia do seu objetivo de diversificação de portfólio. Com esse projeto, a empresa deverá ver o aumento da participação da transmissão em sua receita, passar de algo próximo a 20% para entre 25% a 30%.

Segundo o CEO da empresa, Eduardo Sattamini, o segmento vem aumentando a participação em função da meta de ter mais equilíbrio entre as fontes de receita. O foco da Engie é o de alcançar maior equilíbrio entre as fontes. “Entramos em 2017 nesse segmento para diversificar e ter a oportunidade de crescimento diante de qualquer gargalo”, comentou o executivo após o leilão de transmissão. “Com isso, estamos indo para uma relevância maior de transmissão em nossos negócios que tem 20% da receita e com esse projeto, futuramente, podemos chegar a algo de cerca de 25% a 30%”, calculou.

Sattamini destacou que o alvo da companhia é o da transmissão chegar a 30%, pelo menos. Contudo, diz que esse objetivo, será alcançado aos poucos. E ele admite que essa divisão pode representar até mais, cita 40% a 50%, mas condicionado a oportunidades do mercado.

Apesar dos investimentos que a empresa está comprometida a realizar tanto em geração quanto em transmissão, o executivo afirma que a companhia continua interessada em participar dos próximos certames. Mas, desde que o balanço da companhia possa suportar os aportes. Atualmente, a Engie possui uma alavancagem que está situada em 2,2 a 2,3 vezes a relação entre a dívida líquida sobre o resultado Ebtida. Apesar disso, lembra que a empresa possui outras formas de financiar a expansão dos investimentos.

Sinergias

A Engie, disse Sattamini, aproveitou das sinergias geradas com o projeto em Santa Catarina e Paraná para poder apresentar um lance competitivo suficiente para sair vencedora. O empreendimento que acaba de entrar no portfólio da empresa tem conexão com outro ativo de transmissão, Gralha Azul, que está em operação. Por isso, comentou que além do conhecimento da região, outra vantagem é ter operações naquela geografia.

O executivo comentou que fez parte ainda da equação financeira para o lance vencedor o contrato com fornecedores de equipamentos, um projeto com traçado diferente e mais a previsão de antecipação da linha. Satamini disse que essa antecipação deverá ocorrer quando o ativo for considerado importante para o SIN, portanto, poder gerar caixa. O valor total do investimento é de R$ 2,9 bilhões.

Agora a empresa aguarda que nos próximos passos, de licenciamento, essas autorizações sejam efetivadas dentro dos prazos esperados para evitar que haja atrasos no cronograma que está planejado pela empresa. Sattamini diz esperar que essas autorizações sejam efetuadas por órgãos estaduais, que em sua avaliação são mais ágeis que o Ibama. Mas que se for o órgão federal responsável pelo licenciamento, que haja priorização e que eventuais paralisações não afetem os prazos porque isso afeta a rentabilidade do projeto.

Ele ressaltou que a companhia possui experiência ambiental para lidar naquela região como o que ocorreu com o projeto Gralha Azul e o questionamento do Ministério Público sobre a passagem da linha em região de araucárias.  “Hoje nós sabemos como atuar na região”, definiu. “Não fazemos estudos mal feitos, consideramos todos os ciclos necessários e obrigatórios do ponto de vista ambiental e social sobre o que é necessário, nunca tivemos estudos recusados ou de má qualidade, pois isso demanda mais tempo de análise, demora mais e acaba prejudicando o projeto”, completou.