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O preço marginal de operação médio para a primeira semana operativa de outubro passou dos R$ 600 reais por MWh. O valor foi informado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico nesta sexta-feira, 27 de setembro, no segundo dia da reunião do PMO para o mês que começa na próxima terça-feira. Esse valor é o mais próximo ao PLD máximo estrutural que o país viu nos últimos anos.
No final do ano passado valor máximo do Preço de Liquidação das Diferenças estrutural ficou estabelecido em R$ 716,80 por MWh. Já o CMO médio para a semana que começa no sábado está em R$ 624,81 em todos os submercados. Na carga pesada, o valor é de R$ 640,93, na média ficou em R$ 628,31 e na leve R$ 614,64 por MWh.
As afluências para o fechamento do mês de outubro mostram-se extremamente baixas em quase todo o país. A exceção é o Sul com uma previsão de alcançar volumes de energia natural afluente equivalentes a 86% da média de 94 anos. No resto do país não chega nem à metade da MLT, sendo no Sudeste/Centro- Oeste a menos baixa, com 43% da média, no Norte é previsto 38% e no Nordeste apenas 33% da média de longo termo.
Houve um leve ajuste na previsão de carga para o SIN em outubro ante o apresentado no primeiro dia da reunião do PMO. A estimativa é de expansão de 4,7% no Brasil. Se a previsão se confirmar serão 82.095 MW médios.
Assim os reservatórios em todo o país seguem com níveis em queda ao longo das próximas semanas. A situação mais pressionada está no maior submercado, o SE/CO que deverá cair de 47% para 39,9%. O nível mais elevado ainda está no Norte com 61,8% da capacidade de armazenamento ocupada. No NE a previsão é de encerrar outubro com 44,2% e no Sul com 53,7%.
A previsão de despacho térmico aumentou consideravelmente para a primeira semana de outubro, reflexo do valor do CMO. Serão 12.345 MW médios e a maior parte, ou 7.213 MW médios por Ordem de Mérito e outros 5.132 MW médios por inflexibilidade.
Assim, do parque térmico do Sul, só a UTE Canoas não está acionada. No SE/CO além de duas UTEs do PCS, cujo valor de CVU está acima do CMO, a última a ser acionada é a UTE Cubatão, a gás natural. No Norte apenas Geramar 1 e 2 estão fora e no Nordeste a linha de corte está na UTE Vale Açu.
Com esse despacho térmico, indicado pelo modelo Decomp na etapa de programação semanal, aponta o ONS, o custo de operação esperado para a semana operativa atual é de R$ 934,4 milhões. Para as próximas semanas do mês, a média do custo de operação esperado é de R$ 441,4 milhões por semana, mas podendo sofrer alterações devido aos resultados do Dessem e às alterações nas condições de operação ao longo da semana.