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O consumo de eletricidade no Brasil atingiu os 45.855 GWh em agosto de 2024, nível 5,6% maior ante o mesmo mês de 2023. Na análise da EPE, fortes chuvas e as inundações históricas de maio, continuam afetando as estatísticas de consumo de eletricidade. O consumo acumulado nos últimos 12 meses foi de 556.066 GWh, alta de 7,3% na comparação com igual período anterior. Entre as classes, a indústria lidera a alta no consumo com taxa interanual de 7%, seguida pelo consumo residencial depois e a comercial.

No setor industrial, houve alta em todas as regiões. Destaque para o Centro-Oeste (10,6%), Nordeste (9,4%), Sul (8%), Sudeste (6,4%) e Norte (6,3%). Entre os estados, dez apresentaram taxas de expansão na ordem de dois dígitos. Os maiores destaques foram: Santa Catariana (30,49%), São Paulo (19,6%), Paraná (15,05%), Minas Gerais (7,46%) e Rio Grande do Sul (5,09%).

Segundo a EPE, o consumo no Rio Grande do Sul cresceu 11,6% em agosto, em relação a agosto de 2023, alta superior à registrada pelos outros estados da região. Essa expansão é explicada pela retomada do consumo pós-enchente e pela contabilização do consumo de mais de 200 mil unidades consumidoras que estavam em regiões alagadas, inclusive da parte acumulada e não faturada em maio, junho e julho de 2024.

As classes residencial e comercial têm as maiores expansões no consumo de 20,2% e 14,1% em agosto, respectivamente. As temperaturas inferiores em agosto de 2024 contribuem para os resultados. Já o consumo industrial apresentou alta de 5,8%,  segundo mês consecutivo de expansão após retração em maio e junho. Nove dos dez setores mais eletrointensivos expandem, com destaque para o setor de papel e celulose.

Já quanto ao ambiente de contratação, a EPE mostrou que o mercado livre, com 20.399 GWh, respondeu por 44,5% do consumo nacional de energia elétrica em agosto, com crescimento de 12,3% no consumo e de 39,9% no número de consumidores, na comparação com agosto de 2023. O Nordeste foi a região que mais expandiu o consumo (15,9%) e o número de consumidores livres (62,8%). De acordo com a resenha da EPE, a expansão do número de consumidores livres está em linha com as migrações previstas para 2024 pela Aneel, após portaria do MME 50/2022 que amplia a possibilidade de migração a todos consumidores do grupo A.

Já o mercado regulado das distribuidoras, com 25.456 GWh, respondeu por 55,5% do consumo nacional em agosto, alta de 0,7%. O número de unidades consumidoras aumentou 1,4% no período, apesar da migração de consumidores para o mercado livre. No mercado regulado, o Sul registrou a maior expansão do consumo (5,3%), enquanto o Nordeste teve a maior expansão do número de consumidores cativos (2,8%).