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A Casa dos Ventos firmou um acordo para fornecer energia com certificação internacional I-REC (International Renewable Energy Certificate) ao Porto do Pecém. Resultado de uma concorrência pública, o contrato vale R$ 41 milhões, tem uma duração de cinco anos e marca a entrada do complexo portuário ao mercado livre.
A aquisição trará uma economia que deve ser revertida em ações de descarbonização e também em uma futura política de incentivo para uma maior de eletrificação das operações no local, que hoje é de 70%. Esse índice inclui os guindastes usados para movimentação de contêineres e placas, além da esteira que transporta insumos para a siderúrgica da ArcelorMittal. A projeção é que nos próximos anos, Pecém continue a avançar nesse processo, especialmente no fornecimento de energia para navios via sistema Shore Power, o qual permitirá a redução das emissões das embarcações atracadas.
A informação é de que a migração para o mercado livre sempre esteve em análise pela equipe do Porto. No entanto, questões tributárias relacionadas aos incentivos fiscais, além dos riscos e preços variáveis do mercado de energia, tornavam essa opção pouco atrativa. Esse cenário mudou diante da agenda mundial de descarbonização e transição energética, que dialoga com os projetos de hidrogênio verde e com a eletrificação.
O consumo de eletricidade em Pecém equivale ao de uma cidade com cerca de 80 mil habitantes. A região é atualmente atendida por duas linhas de transmissão que têm apresentado excelentes índices de disponibilidade. Além disso, conta com uma usina de geração a gás, capaz de atender a demanda energética atual para operações portuárias.
De acordo com a administração, o desafio agora é aplicar ainda mais recursos e esforços na confiabilidade do seu sistema elétrico, com investimentos em redundâncias, proteção, monitoramento e controle. Para essa demanda, a projeção é de um aporte da ordem de R$ 15 milhões somente para o próximo ano.