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Os ministros do Clean Energy Ministerial (CEM) e da Mission Innovation (MI), aprovaram declaração conjunta de apoio aos esforços para triplicar a capacidade de energia renovável e dobrar a taxa média global anual de melhorias na eficiência energética até 2030. O documento foi divulgado nesta sexta-feira, 4 de outubro, após o fechamento da semana de reuniões do Grupo de Trabalho Transições Energéticas do G20, em Foz do Iguaçu (PR).

A declaração  inclui ainda  o apoio a tecnologias de emissão zero e de baixa emissão até o fim da década. Entre elas, as de redução e remoção de gases de efeito estufa.

O documento ministerial reconhece que, para atingir a meta, terão de ser adotadas diferentes abordagens, de acordo com as circunstâncias nacionais. No documento, os ministros se comprometem a “acelerar transições energéticas limpas, sustentáveis, justas, acessíveis e inclusivas, seguindo vários caminhos, como forma de promover um crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo” e alcançar os objetivos climáticos.

As diferentes estratégias incluem, segundo o Ministério de Minas e Energia, gerenciamento de demanda, retrofit de flexibilidade e expansão e modernização da infraestrutura de rede, backup e capacidades de balanceamento. Outro ponto destacado é a importância de acelerar a escala de implantação de tecnologias de armazenamento de energia, incluindo baterias e hidrelétricas reversíveis.

O GT Transições Energéticas não assinava uma declaração de compromissos desde 2021, o que foi comemorado como uma vitória pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Em entrevista coletiva,  ele também destacou o compromisso dos países de acelerar os esforços para alcançar o acesso universal a métodos de cozimento limpos até 2030, o que inclui a implementação de políticas facilitadoras e o apoio financeiro e tecnológico para os países em desenvolvimento.

Gargalo de financiamento

A assessora especial do ministro Mariana Espécie destacou que os dados demonstram a existência de um “gargalo absurdo” para acesso a financiamento pelos países em desenvolvimento. Segundo ela, embora o número tenha aumentado, ele ainda está muito abaixo do que se precisa. E, quando se depura o dado, o que se enxerga é que a maior parte do recursos vai para mercados mais estabelecidos e sólidos.

“Isso certamente não faz com que, quando a gente pensa numa transição energética justa, inclusiva, que as coisas aconteçam na velocidade que precisa. Então o Brasil traz um conjunto de propostas que foram referendadas ali, dentro da declaração, que envolvem, por exemplo, a criação das condições que podem ajudar a atrair esses investimentos em transição energética. E, na nossa leitura, um dos principais facilitadores é justamente o planejamento energético,” detalhou.

No processo de negociação, o Brasil propôs a criação de uma coalizão global para o planejamento energético, com finalidade de ajudar principalmente países em desenvolvimento a estabelecerem as condições viabilizadoras de uma transição mais justa. “A gente ainda vai mergulhar um pouquinho em detalhes de como essa colisão vai funcionar. Essa foi a condição para a gente ter, vamos dizer assim, o consenso dentro do grupo.”