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A ABB lançou um projeto para reinserção de componentes de motores, geradores e inversores de frequência obsoletos em novas cadeias produtivas. Voltado a empresas em processo de renovação de seus parques fabris, a iniciativa recolhe equipamentos antigos para desmontagem, separação de componentes, além da destinação correta de resíduos inaproveitáveis e venda dos materiais coletados para indústrias que demandam insumos de origem reciclada.

Há ainda a possibilidade de contabilização nas ações de descarbonização e nos relatórios de sustentabilidade dos clientes contratantes. O cliente recebe um certificado de emissões de carbono evitadas com a reciclagem e um balanço com a comprovação do destino de cada material.

Segundo a multinacional, o projeto pode complementar o resultado sustentável atrelado a investimentos em eficiência energética baseados na troca de equipamentos elétricos obsoletos. Inclusive diretores de engenharia, manutenção e operação já possuem metas de bonificação atreladas à redução de emissões.

Além de otimizar as ações de sustentabilidade corporativa, o projeto oferece um desconto na aquisição de novos equipamentos da ABB, que varia em função do escopo da renovação, dos equipamentos coletados, dos novos adquiridos e do grau de eficiência final alcançada.

Na experiência colocada pela companhia, a renovação de equipamentos elétricos se paga em diversos casos em cerca de um ano e meio só com a economia de energia. O retorno pode vir ainda mais rápido se o projeto incorporar inversores de frequência que ajustam a velocidade e o torque do motor a sua aplicação, reduzindo o consumo de eletricidade em até 30%.

De acordo com o Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP), que coordena iniciativas de eficiência energética em países em desenvolvimento, a otimização com inversores dos 300 milhões sistemas de motores em uso hoje no mundo poderiam reduzir o consumo de energia global em pelo menos 10%.

No caso do Brasil, que conta com um parque industrial com média de idade de 17 anos, com aproximadamente 20 milhões de motores trifásicos em operação, a maioria operando na potência máxima, a economia pode ser ainda maior. Entre as últimas iniciativas de players no país com relação a circularidade, consta um projeto da Enel.