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O programa estrutural de Resposta de Demanda bateu o recorde de redução do consumo de energia elétrica na hora de ponta, com 260 MW ofertados por sete empresas na terça-feira, 8 de outubro. O montante reduzido nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Nordeste é o maior desde a implantação do programa em outubro de 2022. O recorde anterior, de 170 MW, foi registrado também este ano, no último dia 16 de setembro. O menor preço de hoje ficou em R$ 1 mil por MWh e o maior em R$ 1,2 mil  por MWh.

Outro dado inédito foi a oferta de um mesmo agente em três submercados diferentes, feita pela Petrobras com unidades consumidoras diferentes. Além da estatal, foram negociadas reduções da refinaria Mataripe, Klabin Papel e Celulose, Companhia Brasileira de Alumínio, Liana, Rima e Suzano.

Também foram registrados valores elevados de redução de demanda, chegando a 60 MW no caso de um único agente. O resultado surpreendeu o mercado, que tem boas expectativas para o final do período seco.

“Eu acredito que outubro deve seguir num patamar de 100 MW”, afirma Jéssica Guimarães, analista de Energia da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres.  Já em relação a novembro, é preciso esperar para avaliar como será o início do período chuvoso, acrescenta a técnica da Abrace.

“A resposta da demanda é hoje uma alternativa importante para se evitar custos desnecessários e garantir segurança ao sistema elétrico quando o consumo está muito alto e o operador do sistema precisa buscar alternativas”, afirma Paulo Pedrosa, presidente da entidade.

O horário de ponta varia de acordo com o submercado. No Sudeste e Sul, ele começa às 17h e termina às 22h, enquanto no Nordeste há um produto que vai de 16h às 20h e outro, de 20h até meia-noite.

Esses são os períodos em que os grandes consumidores podem negociar a oferta voluntária de montantes de energia e preço, para alocação no horário estabelecido pelo Operador Nacional do Sistema Eletrico. O ONS define mensalmente qual será o momento de maior necessidade do sistema.

Jéssica Guimarães, explica que o que mais influencia na decisão do consumidor é o preço, além de entender em qual momento o sistema está. O agente faz suas ofertas a partir das informações que tem do ONS e da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Os preços atuais, segundo Jéssica, estão bem próximos das últimas térmicas que têm sido despachadas pelo operador do sistema.

Boa parte da energia não consumida é liquidada ao Preço de Liquidação das Diferenças, que está em torno de R$ 800,00, e a diferença remunerada como Encargo de Serviços do Sistema (ESS).

“O que que eu sempre indico é visualizar as térmicas que vem sendo despachadas, porque a gente está concorrendo com essas usinas. Então, ao invés de o ONS despachar uma central, ele poderia contar com a resposta da demanda, reduzindo a carga para não chamar essa unidade cuja energia é mais cara”, sugere a técnica da Abrace.