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O custo de implementação de projetos envolvendo bancos de baterias está na ordem de R$ 2 milhões o MW, podendo diminuir a depender da escala do projeto. A informação foi ventilada nessa quarta-feira, 9 de outubro, pelo CEO da Micropower, Sergio de Oliveira Jacobsen, durante webinar promovido pela Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica).

Em sua apresentação, o executivo pontuou que o prazo de implantação desse tipo de iniciativa é de seis meses, quando se trata de sistema de armazenamento puros. Mas aumenta em mais dois meses no caso da fonte solar associada. “A bateria chega no Brasil em quatro meses, com o transformador sendo o equipamento com maior prazo de entrega atualmente para os projetos”, ressalta, citando que o futuro indica que todos novos empreendimentos fotovoltaicos do futuro deverão ser construídos com baterias.

Segundo ele, o Custo Nivelado de Energia ou LCOE (Levelized Cost of Energy) de uma usina hibrida é o segundo mais barato, perdendo apenas para a solar isolada. O que difere de alguns dados apresentados recentemente pela Empresa de Pesquisa Energética quanto ao futuro da expansão do parque gerador no país. Uma oportunidade virá no próximo leilão de capacidade, que deve acontecer em 2025. No caso a conta é de que o Sistema Interligado Nacional precise de 7 GW por ano para resolver o problema da rampa e carga líquida com maior poder de flexibilidade.

“Se tiver necessidade até 4 horas a bateria é viável e competitiva com o atual custo de Capex. Acima disso tem que ir para térmica”, crava o CEO da Micropower.

A vida útil desses ativos consta atualmente na ordem de 20 anos, com uma garantia de fábrica em torno de 15 anos na maioria dos fornecedores. Há de se considerar também a chamada curva de degradação, sendo pertinente realizar algum tipo de retrofit no meio do ciclo do projeto para recuperar a capacidade de armazenamento. “Fabricantes têm evoluído em termos químicos para as curvas de degradação, melhorando em torno de 20% a 30%”, acrescenta Jacobsen.

Atualmente, o Brasil possui mais de 208 MWh em diferentes tipos de baterias, sendo mais de 55% de sistemas individuais de geração intermitente, sobretudo pelo Programa Luz para Todos e campanhas de eletrificação do Norte, iniciativas menores e mais simples do ponto de vista técnico. São mais de 23,5 mil instalações desse tipo, com a previsão de mais 200 mil pelo governo até 2026.

Outra demanda que pode ser pertinente é uma quantificação de 3 GW até 2030 vindo pela implementação de data centers, com muitas empresas vindo para cá em busca de energia barata. “Acho que é um mercado que irá surpreender o Brasil nos próximos anos”, conclui Jacobsen. Recentemente a Micropower inaugurou uma microrrede de energia para abastecer uma fazenda na Bahia