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A agência de classificação de riscos Fitch Ratings afirmou o rating de Longo Prazo em Moedas Estrangeira e Local da Cemig e de suas subsidiárias integrais em ‘BB’ e elevou o da escala nacional, passando de “AA+” para “AAA”, com perspectiva estável. A atualização reflete o entendimento de que a empresa fortaleceu seu perfil de crédito com uma sólida e diversificada base de ativos, positiva performance operacional e robusta geração de caixa. A última alteração de rating havia acontecido em outubro do ano passado.
A análise aponta que o grupo se beneficiou do incremento do EBITDA no segmento de distribuição de energia e de vendas de ativos para melhorar a liquidez, em face do esperado pagamento dos eurobônus com vencimento em dezembro de 2024, bem como para preparar sua estrutura de capital para suportar um forte programa de investimentos.
Os índices de alavancagem do grupo, atualmente baixos, devem atingir o pico de 3,8 vezes apenas em 2027. E o comprovado amplo acesso à captação de recursos suportará as necessidades de aportes e refinanciamento, na visão da Fitch. Já o fluxo de caixa livre (FCF) deve ficar consistentemente negativo nos próximos quatro anos, à medida que a companhia executa seu agressivo plano de investimentos, de R$ 31,5 bilhões até 2028, após o desembolso de R$ 5,3 bilhões nesse ano e de R$ 4,9 bilhões no próximo período. Apenas para a Cemig D, serão R$ 23 bilhões em recursos até 2028.
Nesse ano, o segmento de distribuição da Cemig deve representar 52% do EBITDA consolidado, com a geração e transmissão correspondendo a 36%; e a distribuição de gás natural, 13%. Para 2025 a projeção é de um EBITDA de R$ 3,9 bilhões, acima dos patamares regulatórios.